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Copeiro diz ter sido vítima de racismo em restaurante e procura polícia

Um jovem de 23 anos procurou a polícia, na última terça-feira (4), em Campo Grande, para denunciar que teria sido vítima de racismo, dentro da churrascaria onde trabalhava, no Bairro Chácara Cachoeira. Pablo Kallew Santos, disse ter sido ofendido pelo chefe que comparou seu cabelo a pelos pubianos, em uma “brincadeira” constrangedora no horário do […] O post Copeiro diz ter sido vítima de racismo em restaurante e procura polícia apareceu primeiro em Diário Digital.

Diário Digital|

Um jovem de 23 anos procurou a polícia, na última terça-feira (4), em Campo Grande, para denunciar que teria sido vítima de racismo, dentro da churrascaria onde trabalhava, no Bairro Chácara Cachoeira. Pablo Kallew Santos, disse ter sido ofendido pelo chefe que comparou seu cabelo a pelos pubianos, em uma “brincadeira” constrangedora no horário do expediente.

A revolta do jovem foi divulgada em suas redes sociais, nesta quinta-feira (6), e ganhou repercussão. Pablo estava há penas uma semana no serviço e notou dois episódios em que os comentários demonstraram um tratamento diferenciado pela sua cor de pele.

“Um dia em questão por nosso (o de Pablo e outro funcionário) boné estar virado para trás, o GERENTE falou alto no meio do salão para virarmos para frente que ele não tinha contratado malandro/maloqueiro "parece maloqueiro". Depois disso, eu evitei ao máximo não colocar o boné para trás”, relata o jovem na publicação.

O estopim que levou Pablo a procurar a polícia foi uma “piada” com o cabelo dele.

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“ Cheguei no trabalho com meu cabelo solto às 10h40 e passei de frente para o mesmo gerente. Fui direto para o banheiro e coloquei minha touca e fui trabalhar. E, em seguida, ele veio em minha direção, com ar de sarcasmo e sorrindo, e disse " Ow... você sabe quem me lembrou quando você chegou com esse seu cabelo aí?" Eu disse que não sabia… "Lembrou o cabelo do meu saco quando mais novo" (enquanto fazia menção de abaixar a calça) e saiu rindo alto”, diz o texto na rede social.

Pablo conta que dois garçons presenciaram a situação, assim como o colega dele copeiro e todos se mostraram incomodados. “Ninguém riu. Porém, todo mundo se assustou também. Eu juro que tentei relevar… e não disse nada mesmo. Mas não consigo tratar como se não fosse nada!”.

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Horas depois, naquele mesmo dia, o jovem pediu demissão e só retornou para buscar o acerto salarial.

Ao Diário Digital, Pablo disse que na hora em que o gerente fez a piada com o cabelo dele ficou irritado, mas preferiu não discutir. “Fiquei pensando sobre aquilo e, depois, entendi o que tinha acontecido e como era grave. Disse que não trabalhava mais lá e fui direto para a delegacia porque ele precisa sentir na pele, no bolso, o que pessoas normais sentem e que esse tipo de brincadeira não existe mais na sociedade”.

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Segundo Pablo, ele quer justiça e acredita que não foi a primeira vez que o gerente agiu desta forma com um funcionário e acabou “ficando por baixo dos panos”.

“A partir do momento em que você sai da sua bolha de realidade e entende a realidade do outro, percebe que é uma questão de respeito. Entendo que haja esse tipo de brincadeira, mas precisamos evoluir com o mundo. O que eu gostaria realmente é que a justiça fosse feita e que a luta seja por respeito”, finaliza o jovem.

O Diário Digital procurou a churrascaria onde o gerente trabalha, mas até a publicação da reportagem não houve retorno.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento) do Centro, como injúria racial.

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