No feriado do dia 7 de Setembro, milhares de pessoas foram aos rios de Mato Grosso do Sul para a prática da pesca, aproveitando as últimas semanas antes do período de defeso — a piracema. A fiscalização ambiental, exercida pela Polícia Militar Ambiental (PMA) em parceria com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), estava a postos.
Durante a manhã desta quarta-feira, 9 de Setembro, foi apresentado sobre a Operação Big Fish II, uma amostra do aumento substancial de todas as ocorrências se comparado à primeira versão Big Fish I, ocorrida no feriado de Corpus Christi, no início de Junho.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck discorreu que "para o Estado é de fundamental importância a preservação dos recursos pesqueiros, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. Por isso temos firmado parceria com a PMA para fazer a fiscalização ostensiva, presente em todas as regiões, com equipamentos, condução apropriada, para autuar os infratores e garantir que os cidadãos possam praticar a pesca legalmente, dentro das normas estabelecidas, sem agressão à natureza”.
Diferente da Operação Big Fish I, que aconteceu na Bacia do Rio Paraguai, a Big Fish II se concentrou na Bacia do Paraná com atenção especial ao entorno do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. Foi empregado o efetivo militar de 130 homens com 20 viaturas que percorreram 17,6 mil quilômetros de rodovias e 5,3 mil quilômetros por vias fluviais em 22 embarcações. A operação teve início na manhã do dia 4 de Setembro e se estendeu até às 8h de hoje.
Das 70 pessoas autuadas por crimes e infrações ambientais diversas, 55 foram pela prática da pesca ilegal, sendo que 25 acabaram presas por cometerem pesca predatória (ou retiraram peixe fora da medida ou usaram petrechos proibidos). Ainda 30 pessoas estavam pescando sem terem emitido a licença ambiental necessária. “A licença pode ser emitida pelo site do Imasul, é um procedimento simples e rápido. Importante esclarecer que só o comprovante do pagamento da taxa não basta, tem que imprimir a carteirinha”, disse André Borges.
Um comportamento não habitual por parte de alguns pescadores chamou a atenção do comandante da PMA. O tenente coronel, José Carlos Rodrigues, comentou que "para nossa surpresa, tivemos 15 armas de fogo apreendidas. Não esperávamos que o pescador fosse armado para a pesca. Só um estava caçando, inclusive havia matado animais, foi preso e a caça apreendida”. As armas sem autorização de porte foram apreendidas e os infratores autuados.
O diretor presidente do Imasul, André Borges agradeceu e elogiou também o envolvimento da Polícia Civil na Operação. “Se o atendimento nas delegacias das pessoas autuadas pela PMA não tivesse sido rápido e preciso, o resultado da operação não alcançaria o objetivo”.
Importante lembrar que os autuados, além de responderem por infrações administrativas e crimes ambientais e estarem obrigados a pagar multa, podem responder por outras penalidades, já que o relatório completo da Operação será entregue ao Ministério Público Estadual.
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