A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) irá decidir na quinta-feira (05) se Rafael de Souza Carrelo, de 20 anos de idade, irá a júri popular ou pela reforma da decisão que mandou a julgamento. Ele é acusado de ter atropelado e matado a namorada, Mariana Vitória Lima, de 19 anos, no dia 15 de Maio de 2021.
No dia do fato, Rafael foi preso por feminicídio pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), mas passou por audiência de custódia no dia 17 de Maio e teve a concessão de prisão domiciliar com o monitoramento eletrônico concedido pela juíza Dra Eucélia Moreira Cassal.
No entanto, durante a audiência, a juíza teve outra compreensão sobre o crime e o tipificou como homicídio culposo na direção de veículo qualificado pela ingestão de bebida alcoólica. A magistrada compreendeu que neste caso, o acusado teria agido de forma imprudente, sem cautela ou cuidado, mas sem a intenção de matar.
Já no dia 1° de Outubro de 2021, a Justiça decidiu que Rafael não deve mais ser mantido em prisão domiciliar e pode tirar a tornozeleira eletrônica. Como condição, o acusado deve comparecer em juízo, mensalmente, para justificar as suas atividades. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Rafael foi suspensa.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que a jovem estava no capô do carro, quando o acusado, perdeu o controle do veículo e colidiu em um poste de energia, próximo ao Shopping Campo Grande. Com as investigações, a Polícia Civil teve acesso as outras imagens que também mostram que Rafael sobre o capô do carro enquanto a namorada, Mariana dirige. O vídeo foi registrado minutos antes da vítima ser atropelada.
(Foto: Reprodução)
Na filmagem, Rafael era o motorista, mas estaciona na avenida Afonso Pena para trocar de lugar com a namorada que está no banco do passageiro. Ele sai do veículo e sobe no capô, enquanto Mariana deixa do banco do passageiro e assume a direção do veículo com o namorado em cima.
De acordo com o advogado de Rafael, Marlon Ricardo Lima Chaves disse que o aconteceu não foi um feminicídio. "Foi uma brincadeira, entre um casal de namorados, adolescentes, que acabou tendo um resultado extremamente trágico. A defesa, de forma nenhuma, busca que Rafael se furte de responder pelos seus atos. O que nós estamos buscando é que ele responda pelos seus atos de maneira justa”.
Relembre o caso – Mariana Vitória Lima, de 19 anos de idade, morreu após ser atropelada no dia 15 de Maio de 2021. A jovem estava no capô do carro, quando o condutor também de 19 anos, perdeu o controle do veículo e colidiu em um poste de energia, próximo ao Shopping Campo Grande. O acidente ocorreu por volta das 5h, na Capital.
A Polícia Militar foi acionada e Rafael apresentou a versão de que os dois estavam em uma festa de aniversário do primo e, antes de retornarem para casa, foram em busca de uma lanchonete. No caminho, para que ele não dirigisse bêbado, a namorada teria se pendurado no capô do carro.
Porém, ao chegar na delegacia, a versão do jovem mudou. Ele disse que, na verdade, o que provocou a morte trágica da namorada havia sido uma “brincadeira” do casal de cada hora um deles subir no capô enquanto o outro dirigia.
Rafael estava visivelmente embriagado, passou por teste do bafômetro que apontou 0,89 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Ele perdeu o controle da direção, bateu em um poste e atropelou a namorada que morreu no local.
O post Justiça decide sobre júri do jovem que matou namorada atropelada apareceu primeiro em Diário Digital.