Mulher, negra, empreendedora e batalhador. Assim Zuleide Souza da Silva, de 49 anos, se define. Segundo ela, não é fácil ser mulher e ser dona do próprio negócio. "As dificuldades aumentam, ainda mais, quando se é negra em um país com preconceito enraizado", afirma.
Além de todos os desafios, Zuleide montou um restaurante em plena pandemia, momento em que o cenário econômico permanece instável. Ela conseguiu vencer mais esse obstáculo.
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Há 2 anos Zuleide trabalha no ramo alimentício , e faz ceias para natal e ano novo. Atualmente abriu um restaurante no Bairro Cophatrabalho. " Quando decidi ser empreendedora não foi fácil, ouvi muitas críticas aquelas do bem e principalmente do mal falando que não ia dar certo. Mas, fui e mostrei. Fiz diferente. Meu sonho se realizou e montei um restaurante durante a pandemia", lembra.
Em ralação ao racismo Zuleide afirma que já sofreu e sofre até hoje. " Ouço sempre aquela negra trabalha ali, ou aquela negrinha ali é chata, isso é ruim e doí muito", desabafou. "Têm pessoas que não chegam aqui no restaurante pelo fato dos proprietários serem negros. O preconceito ainda não acabou, as pessoas que praticam nãos sabem o quanto machuca", reforça.
Por meio de todo preconceito sofrido Zuleide deixa um recado. " Espero que as pessoas tenham mais consciência e para quem pratica o racismo, saibam que é dolorido para quem sofre, chega de racismo vamos evoluir", finaliza.
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