O diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Jr. concedeu entrevista ao programa Noticidade primeira edição nesta quarta-feira, 23 de junho para falar sobre a crise hídrica que pode afetar Mato Grosso do Sul.
De acordo com Walter Carneiro, o momento é atípico porque, segundo ele a escassez de chuva começou antes do previsto. Nós que estamos acostumados a conviver com a escassez de chuvas no período de julho, agosto e setembro. Mas, desde o mês de maio, estamos observando que os alertas já estão sendo feitos, e alguns efeitos a gente já sentiu na safra de milho que é a safrinha”, informou.
Segundo ele, Mato Grosso do Sul corre o risco de ter quebra de mais de 50% da produção. “Tiveram regiões que perderam mais de 80% . A chuva que faltou no início do ano deixou de recompor os mananciais que temos no nosso Estado os nossos rios que são compreendidos por duas grandes bacias como a bacia do rio Paraguai e os níveis já estavam bem baixos. Há mais de 20 anos não se anotava isso. Essa é nossa preocupação”, afirmou.
Conforme o diretor-presidente da Sanesul, desde o cinco de junho está sendo realizada campanha de conscientização para alertar a população sobre a escassez de água. “Nós estamos colocando em prática um plano de segurança hídrica, que é um plano de contingenciamento na nossa produção, porque 14 municípios estão sob o nosso radar para que possamos desenvolver um plano diretor de contingencia hídrica. Furamos mais de 26 novos poços para que não falte água nesses municípios”, disse.
Walter Carneiro ressaltou ainda que em “Bonito é situação atípica”, porque o município não tem lençol freático, e lá não é possível “fazer captação superficial”, assim como Água Clara Bataguassu, Caarapó, Nova Alvorada do Sul, Mundo Novo, e outros. “ Cada um com sua particularidade”, acrescentou
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