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Pai de família busca explicações para as mortes da esposa e filho em hospital público de MS

Os dias não têm sido fáceis para o pai de família Elciney Paiz Flores. Ele perdeu a esposa, Ruthe Luiz Mendes, e o quinto filho do casal. Os falecimentos ocorreram no dia 13 de Março, no Hospital Regional de Aquidauana (MS). Até agora, ele está em busca de explicações para óbitos. Casados há 19 anos, […] O post Pai de família busca explicações para as mortes da esposa e filho em hospital público de MS apareceu primeiro em Diário Digital.

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Os dias não têm sido fáceis para o pai de família Elciney Paiz Flores. Ele perdeu a esposa, Ruthe Luiz Mendes, e o quinto filho do casal. Os falecimentos ocorreram no dia 13 de Março, no Hospital Regional de Aquidauana (MS). Até agora, ele está em busca de explicações para óbitos.

Casados há 19 anos, o casal tem quatro quatro filhos, e estava à espera do pequeno Raviel, com aproximadamente 32 semanas de gestação. Moradora da aldeia indígena Ypegue, Ruthe tinha 32 anos, e formada em Pedagogia pela UFMS.

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Conforme relatos à redação, no dia 12 de março, já à noite, sua mulher teve sangramento. Eles acionaram a ambulância, que levou cerca de meia hora para chegar. Ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Aquidauana, onde recebeu atendimento na maternidade.

Elciney recorda ainda que, na manhã do mesmo dia, sua esposa passou por uma consulta de pré-natal, na cidade de Anastácio (MS). Eles ouviram os batimentos do bebê, aparentemente estava tudo tranquilo com a gestação.

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Na maternidade, em atendimento já com o médico, após várias tentativa para se fazer a ultrassom, constatou-se que os batimentos do bebê estavam fracos.

"O médico nos informou que o profissional que opera o aparelho de ultrassom não se encontrava na maternidade. Foi quando ele próprio, após varias tentativas no aparelho, conseguiu ouvir o coraçãozinho do Raviel, mas a imagem era de péssima qualidade", comentou Elciney.

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O médico então alertou que o casal deveria vir para Campo Grande (MS), pois a maternidade local não tem preparo para partos prematuros. Quando a ambulância que faria o transporte, chegou o médico tentou fazer outra ultrassom. Quando constaram que não havia mais batimentos.

"E mais uma vez o médico de plantão, teve dificuldades para operar a máquina de ultrassom, ligaram para dois operadores do aparelho, um não atendeu. O outro estava em Campo Grande. E dessa vez, a imagem não deu para enxergar nada", conta emocionado o indígena.

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Mesmo sem ter nitidamente as imagens do bebê, o médico informou que pequeno não teria resistido. E sua esposa passaria por uma cesária. A cirurgia aconteceu somente no dia seguinte, quando só então apareceu o profissional responsável em operar a máquina de ultrassom.

Após a cirurgia, o médico responsável informou ao esposo que a cirurgia foi um sucesso, mas que também houve a necessidade da retirada do útero, devido a formação de um coagulo.

Elciney relata que após a cirurgia procurou o hospital, pois faria uma pequena viagem até sua aldeia para fazer o enterro e batizado do bebê. Faz parte da cultura indígena, fazer o batizado do feto, mesmo que em óbito.

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O mesmo foi informado que poderia fazer viagem tranquilo, pois sua esposa estava recuperando bem. "Há todo momento a equipe médica me dizia que Ruthe estava bem, isso me deixava em paz", afirma Elciney.

Ainda na Aldeia Ypegue, ele foi informada por terceiros, que sua esposa teve um pré-eclampsia. Não suportando e foi a óbito. Ao procurar o Hospital, por ligação, foi informado que sua esposa estava bem, e que a noticia do falecimento não procedia.

No mesmo dia, Elciney retornou para Aquidauana. No hospital, teve a confirmação da morte da mulher. "Quando cheguei no hospital, minha mulher já estava até no carro da funerária, isso foi um absurdo. Pois ela não era indigente, ela tinha família, filhos, amigos".

"Até hoje me pergunto, por quê não fui informado de imediato da morte de Ruthe; por quê não tinha um profissional capacitado para operar a máquina de ultrassom quando foi preciso. Eu quero respostas, se houve de fato negligencia por parte do Hospital, quero justiça!", reafirma o servidor público.

Elciney Pais registrou boletim de ocorrência e entrou com ação na Defensoria Pública.

Outro lado - Ao Diário Digital, o advogado Aluisio Cáseres, que representa o Hospital Regional de Aquidauana, disse que o caso está sendo averiguando administrativamente para saber se, de fato, houve irregularidade no atendimento. O fato segue alvo de apuração interna.

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