O formato híbrido será implantado na rede municipal de ensino de Campo Grande (MS), a partir do dia 19 de Julho. Conforme a secretaria municipal de Educação, as salas de aula não serão como antes da pandemia do coronavírus. A reportagem do jornal Diário Digital conversou com a população campo-grandense para saber as opiniões sobre o novo normal das escolas do município.
A aposentada Maria Nogueira de 62 anos de idade, tem netos e acredita que o procedimento de biossegurança é importante para os professores e para os estudantes. "Meus netos se adaptaram mais ou menos no on-line, mas primeiro temos que pensar na saúde. Cada criança que for para escola, tem algum idoso ou alguém do grupo de risco em casa. Além disso, os jovens estão saindo muito e não estão respeitando a quarentena, provocando assim, o aumento nos números de caso na Capital. Meus netos não irão voltar", disse.
(Foto: Bruno Barros)
Assim como a aposentada, Edimilson Garcete de 36, acredita que o momento não é seguro para o retorno às aulas presenciais. Ele trabalha com vendas e tem sobrinhos pequenos. "No momento, a prioridade é uma solução para pandemia que no caso é a imunização de todos. Em relação ao formato on-line, é difícil e complicado mas, mesmo assim acredito que não é a hora das crianças e adolescentes voltarem à escola. Se dependesse de mim, meus sobrinhos não voltariam". opina.
(Fotos: Bruno Barros)
Na data, o também aposentado Hamilton Rocha de 57, tem uma filha de 8 anos e é favor da volta às aulas. Segundo ele, a criança tem acesso as apostilas da escola porém não é a mesma coisa do que o ensino presencial. "Fora o trabalho que dos pais, chegar em casa e ensinar nossos filhos não é fácil, além disso não são todos que tem acesso a informação para poder ajudá-los"., argumenta. "Infelizmente não temos o que fazer", acrescentou lamentou Hamilton ao reconhecer que o contágio por Covid-19 tende a aumentar.
Para a servidora municipal, Mari Falcão de 39 anos, há casos com exceção. "Se a criança tiver algum problema que possa prejudicá-la em caso de ser infectada pelo vírus é difícil. Meu filho de 4 anos, por exemplo, irá voltar apenas em alguns dias, pois, ele tem pneumonia e só irei leva-lo para ele se adaptar com o ritmo da escola", explica.
(Foto: Bruno Barros)
Além das escolas municipais que estão com as aulas previstas para julho, colégios particulares não estão com atividades remotas desde o começo do ano de 2021. Uma delas é o Espaço Livre, que atende Prime time, Educação Infantil e Ensino Fundamental I. A coordenadora do Prime Time, Deise Pereira, disse ao Diário Digital que todos os procedimentos estão sendo feitos.
"O distanciamento, as ida aos banheiros são individuais e monitoradas por uma professora e uma auxiliar. No horário do lanche os pequenos são divididos, a sala de aula as cadeiras são marcadas com nomes e entre outros. As crianças estão felizes pela volta às aulas, eles acabam não se importando de estar distanciados. Eles sabem da importância de todo o procedimento que fazemos", concluiu.
(Foto: Bruno Barros)
A diretora da instituição educacional, Rosana Gonçalves finalizou disse que "o que pudermos contribuir para o retorno de todos os alunos para as aulas iremos fazer".
(Fotos: Bruno Barros)
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