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Santa Casa de Campo Grande está a beira de um colapso

A Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, está à beira de um colapso. A unidade sofre com superlotação e falta de medicamentos e insumos. As internações de pacientes com o novo coronavírus complicaram a situação que já estava crítica. A crise foi exposta pela diretoria do hospital que concedeu […] O post Santa Casa de Campo Grande está a beira de um colapso apareceu primeiro em Diário Digital.

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A Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, está à beira de um colapso. A unidade sofre com superlotação e falta de medicamentos e insumos. As internações de pacientes com o novo coronavírus complicaram a situação que já estava crítica. A crise foi exposta pela diretoria do hospital que concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira, 16 de Setembro.

A Santa Casa tem atualmente 635 pacientes internados, sendo que o maior fluxo de atendimentos está na urgência e emergência do pronto-socorro com especialidades de politraumatizados como — neurocirurgia, ortopedia e cardiologia.

Com a volta da Unidade Manual de Respiração Artificial (AMBU) para apenas transportes, o hospital está com 100% de ocupação. O problema do excesso de pacientes não são os casos positivos de Covid-19 e sim, os casos de acidentes diários.

Além disso, foi exposto que todos os pacientes do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU) e do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) e, enfermos com o plano do Sistema Único de Saúde (SUS), estão sendo atendidos na Santa Casa da Capital.

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Participaram da coletiva o presidente da Santa Casa Heber Xavier e o superintendente da Gestão Médico-hospitalar e Dr. Luiz Alberto Kanamura.

O Dr. Luiz Alberto disse que o hospital está com grande números de pacientes e com estoque de medicamentos zerados. "A unidade hospitalar não tem capacidade para atender à todos. A equipe de profissionais está esgotada e, desta forma, a Santa Casa caminha para o abismo. Vai chegar um tempo, que não vamos conseguir ficar com as portas abertas".

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Fora os pacientes com coronavírus, temos pessoas que chegam aqui com sintomas de diabetes e são as mesmas que ocupam por vários dias os leitos do hospital. O atendimento do SUS está sendo todo por aqui, as despesas com cada paciente é de R$ 1.450,00 e somos pagos apenas por R$ 59,00.

Contudo, a Prefeitura Municipal de Campo Grande está devendo um repasse para o hospital de R$ 20 milhões e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, R$ 5 milhões. Sendo assim, estamos tendo que lidar com o financeiro e com a precária situação de assistência da Santa Casa", esclareceu o médico.

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Ainda durante a entrevista, o superintendente da Gestão Médico-hospitalar relatou que de terça-feira à noite (15) para hoje, os leitos de traumas aumentaram de 16 para 23 pacientes. E, que Santa Casa não pode fechar o serviço de politraumatizados pois, a unidade hospitalar é único a realizar o procedimento para o tipo de acidente. Inclusive, 100% dos acidentes automobilísticos estão sendo atendidos no hospital.Mas, afirma que se cada hospital voltar a trabalhar de maneira como eles estão trabalhando, os hospital de Campo Grande não terão problemas de superlotação.

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(Foto: Marco Miatelo)

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(Foto: Marco Miatelo)

O presidente da Santa Casa expôs que antes da pandemia do novo coronavírus, a unidade hospitalar já tinha que lidar com os diversos problemas. Porém, com o vírus, os impasses foram ainda maiores.

"Temos a situação financeira e a questão da equipe toda sobrecarregada. Tivemos mais de 200 funcionários afastados e, atendemos não apenas a Capital e sim, o Estado. Diante disso, a quantidade de pacientes é enorme. Apesar disso, o debito da Santa Casa é de R$ 70 milhões como impostos e entre outros, já o operacional é de R$ 4 milhões. Portando, há um indício de um colapso, mas ainda sem prazo".

"Estamos com 100% da ocupação e 30 pacientes aguarda vagas. E, sobre os casos positivos do coronavírus, o hospital está com 17 leitos na enfermaria e 10 leitos da Unidade de terapia intensiva (UTI) covid-19. E, com essa crise estamos devendo R$ 2 milhões para empresas de fornecedores e que correm o perigo de perder o contrato com eles", discorreu Heber.

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(Foto: Marco Miatelo)

Por fim, o médico Luiz Alberto revelou para que a população fique ciente, que se o paciente chegar hoje, na unidade de saúde precisando realizar o exame de cateterismo, não tem como atender, pois, o hospital não tem cateter. "Antes não tínhamos UTI, agora não temos o básico de um hospital", comentou.

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