A Vigilância Sanitária de Porto Alegre pede que os supermercados gaúchos recolham centenas de pães de alho de suas prateleiras. A ordem veio depois que agentes de fiscalização da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) interditaram, na terça-feria (15), uma indústria ilegal de fabricação de pães de alho na rua Professora Zilah Totta, no bairro Jardim Leopoldina.
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Segundo a vigilância municipal, um ofício foi emitido para todos os lojistas através da Associação Gaúcha de Supermercados. A Prefeitura Municipal de Porto Alegre pede que o produto seja retirado do alcance dos consumidores até que as investigações sobre sua procedência sejam finalizadas.
Ainda de acordo com a prefeitura, os produtos encontrados no local, por serem de baixo risco, foram lacrados na câmara fria para posterior análise técnica, que dirá se estão próprios para o consumo humano.
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Alguns estavam sem rótulos, outros com rótulos de empresas bastante conhecidas. A prefeitura ainda não sabe afirmar se a empresa era terceirizada por marcas famosas ou se agia de forma clandestina. Os nomes das empresas foram preservados pela prefeitura até o final da investigação.
Vigilância
A ação foi realizada por suspeita de irregularidades no funcionamento do local constatada em vistorias anteriores em estabelecimentos comerciais na mesma rua. A empresa não possui alvará de localização, nem alvará de saúde e nem autorização para produção.
“Ao chegar ao local, constatamos que não havia identificação externa no prédio sobre a empresa, e ao entrar percebeu-se ser um estabelecimento que produzia pão com alho e pastas de alho”, afirmou Adalberto da Rosa Nunes, Equipe de Vigilância de Alimentos.
Entre as irregularidades observadas estão a presença de uma caixa de passagem de esgoto aberta no estabelecimento, ausência de pia e kit de higienização para as mãos de manipuladores, sendo que alguns utilizavam roupas muito sujas. Os temperos eram guardados sem identificação de lote, data de abertura da embalagem ou validade.
O local contava com uma câmara fria para manter os pães com alho prontos e embalados, mas a vistoria constatou que o aparelho estava desligado em função do barulho produzido pelo motor.