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Adoção de pets aumenta na quarentena, mas capixabas que resgatam animais precisam de ajuda

Protetores ambientais dão dicas de como fazer para apoiar projetos de adoção e castração de animais no Estado

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O número de adoção de animais de estimação cresceu durante a pandemia. Mas ainda tem muita gente que abandona estes bichos. As ruas e os abrigos estão lotados e, nessa hora, o trabalho de quem resgata os animais é muito importante.

Um exemplo de quem faz de tudo para ajudar os bichinhos é a Angela de Souza. Ela transformou a casa onde mora num abrigo para gatos. São mais de 50 animais recolhidos das ruas, todos vítimas da maldade humana e do abandono.

Ela gosta de ser chamada de 'Angela dos Gatos', mas por puro preconceito recebe outros apelidos maldosos. "Já me chamaram de 'louca dos gatos' e psicopata, porque sempre que eu vejo um gatinho abandonado eu pego", conta Angela.

A protetora de animais gasta 200 kg de ração por mês, sem conta os valores gastos com remédios. Ela tira o dinheiro do próprio bolso para dar conta de ajudar os bichos. Além disso, ela também recebe doações e apoio através das redes sociais no perfil Gatinhos RM

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O amor e o cuidado dão uma nova chance para os gatos resgatados. Eles passam pelo processo de castração e depois são disponibilizados para adoção responsável.

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O trabalho dos veterinários também faz a diferença. Quem adota os bichinhos precisa levá-los para uma consulta e ficar atento aos cuidados com os pets na nova casa. "Faça todo exame clínico e exames laboratoriais, porque muitas vezes esse animais podem apresentar doenças aparentes ou doenças que só vão ser diagnosticadas através de exames", explica a médica veterinária Karina Calmon.

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Mas por que é tão difícil resolver o problema de cães e gatos abandonados nas ruas? Especialistas dizem que a solução pode estar na castração. Uma gata, por exemplo, tem em média 3 cios por ano e normalmente seis gatos nascem a cada ninhada. Por isso, só uma gata pode colocar no mundo 18 gatinhos em um ano. E aí que entra o trabalho do grupo Resgatinhos ES. Eles conseguem castração a baixo custo para quem resgata animais de rua.

"Nós temos as clínicas parceiras que a gente faz a ponte e negocia um valor melhor, assim quem precisa consegue ter atendimento básico para os bichinhos", conta Mário Augusto, protetor de animais.

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De acordo com Mário, a maioria das prefeituras não faz a castração gratuita, o que aumenta o problema nas grandes cidades. "Em Vitória e na Serra eu sei que eles fazem a castração, mas você não tem uma política tão abrangente. Em Cariacica, desde a greve da PM, o Centro de Zoonoses deles foi destruído e até hoje não voltou a operar quase nada", relata o protetor.

E assim, entram novamente os abrigos, que estão cada vez mais lotados. No grupo 'Peludinhos', nas redes sociais, são mais de 50 cães e gatos. Eles chegam até a protetora Dóris bem machucados e doentes. O trabalho de dar uma nova vida aos bichinhos é bonito, mas muito cansativo. "Quem não tiver tempo nem espaço para ajudar, ajude quem faz o trabalho. É um trabalho muito árduo", conta Dóris Santana Rios.

"Não abandone os animais na rua. Se você não quer mais um animalzinho, peça ajuda, procure alguém para você doar e, se possível, castre os bichinhos, tanto para prevenção de doenças como também para impedir a procriação", pede a protetora de animais Loren Simonassi.

Vale lembrar que abandonar animais é crime, previsto no artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais.

* Com informações do repórter Michel Bermudes, da TV Vitória / Record TV

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