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Câncer de cabeça e pescoço tem diagnósticos tardios e comprometem tratamento e cura

Taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa

Folha Vitória|

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De acordo com dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres que afetam a região da cabeça e pescoço ocupam a segunda maior incidência entre os homens brasileiros.

Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palatos mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais. No Brasil, também, há aumento na incidência e o câncer de boca chega a ser o 4º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões do país, ocorrendo três vezes mais em homens do que em mulheres.

De acordo com o oncologista da Rede Meridional, Fernando Zamprogno, apesar desse tipo de tumor não ser o mais frequente na população e nem o que apresenta maior índice de morte, ele ainda acomete mais de 500 mil novas pessoas em todo o mundo. Para o médico, o problema é que muitos desses casos são diagnosticados tardiamente, o que prejudica o tratamento e as chances de cura.

“O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, reduzindo, assim, substancialmente a possibilidade de cura, além da necessidade de tratamentos mais agressivos que, com frequência, deixam sequelas no paciente”, afirma Zamprogno.

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Outro alerta se dá em relação à faixa etária dos indivíduos diagnosticados com tumores de boca e garganta, que reduziu significativamente nas últimas décadas, com um grande aumento de casos entre mulheres e jovens. O tabaco é responsável por 97% dos diagnósticos de câncer de laringe e, quando associado ao álcool, aumenta o risco em cinco vezes para câncer nessa região.

A infecção pelo HPV (papilomavírus humano) também contribui para o aumento na incidência da doença em jovens nos últimos anos em virtude da falta de uso de preservativos na prática do sexo oral, por exemplo.

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O câncer de cabeça e pescoço, independentemente da modalidade terapêutica escolhida (cirurgia, radio e/ou quimioterapia), causa sequelas psicológicas e anátomo-funcionais irreversíveis para a qualidade de vida do paciente.

Sinais e sintomas

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É importante que as pessoas fiquem atentas sobre os sinais e sintomas da doença. Os mais comuns são caroços ou nódulos no pescoço, feridas na boca com mais de 15 dias, que não cicatrizam, e rouquidão. Muitas vezes, são os profissionais de odontologia que percebem a ocorrência dessas lesões, mas, também é fundamental procurar um médico de confiança se perceber qualquer um desses sintomas.

Alerta sobre o câncer de cabeça e pescoço

Em função do diagnóstico tardio, já em fase avançada, os tumores de cabeça e pescoço apresentam altas taxas de mortalidade. Quando um tumor é diagnosticado precocemente, a chance de o paciente sobreviver à doença em cinco anos é de, aproximadamente, 90%. Mas, quando diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevivência cai para algo em torno de 30%, independentemente dos tratamentos realizados com intenção curativa.

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