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Conheça a capixaba, de 23 anos, que vai disputar a Paralimpíada de Tóquio

De família italiana, Luiza Guisso Fiorese, de 23 anos, cresceu em Venda Nova do Imigrante

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E tem capixaba na disputa pelo pódio nas Paralimpíadas de Tóquio! Luiza Guisso Fiorese é uma das atletas selecionadas para acompanhar a Seleção Brasileira na modalidade de Vôlei Sentado. As nomeações dos atletas selecionados saíram na noite desta terça-feira (07).

Ansiosa, Luiza contou que estava dentro do avião, enquanto acontecia a convocação, e não via a hora do pouso para tirar o celular do 'modo avião' e checar se o nome dela estava entre os selecionados.

"Desci correndo, fui rapidamente tirando o celular do bolso quando eu recebi uma enxurrada de mensagens de amigos e familiares me parabenizando", explicou a atleta.

Cheia de alegria, a atleta diz que vive um sonho e que lutou muito para poder realizá-lo. Hoje, pode comemorar com seu treinador e família. "Eu fiquei muito feliz mesmo, sabendo que iria, pois me dediquei muito para isso. Treinei bastante dando muito de mim".

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Orgulho dos parentes e de Venda Nova do Imigrante, a paratleta não vê a hora do reencontro para comemorar com todos a tão sonhada conquista. "A Tecnologia ajudou muito e eu pude comemorar com minha família, mas quero abraçá-los e agradecer muito pelo apoio. Minha mãe falou que Venda Nova está em festa e todos param ela na rua para parabeniza-la".

Para orgulhar o Brasil, o Espírito Santo e também sua cidade natal, a jovem já está se preparando para embarcar no mês de agosto para Tokyo. Antes, Fiorese vai passar por um treinamento em São Paulo e depois receber o uniforme. Por fim, voar em busca da conquista do seu primeiro ouro olímpico.

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História de Luiza

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De família italiana, Luiza Guisso Fiorese, de 23 anos, cresceu em Venda Nova do Imigrante, rodeada de uma grande família e amigos.

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Amante dos esportes desde pequena, começou praticar Handebol com 10 anos, dando início ao sonho de competir e ser uma grande jogadora.

 Porém aos 15 anos, já competindo e se destacando no Handebol, uma certa dor no joelho mudou a vida dela.

"Comecei a sentir uma dor no joelho, achava que era por causa dos jogos, mas mesmo assim fui ao médico. Tive a informação que essa dor se tratava de um câncer que me obrigou a parar de jogar", explicou Luiza.

A jovem venceu o câncer, mas teve que passar por cinco cirurgias no joelho e usar próteses. Tudo isso afastou a atleta do esporte por cerca de 6 anos. Além do afastamento que deixou a jovem arrasada, ela também sentiu um grande angústia pela forma que era tratada.

"As pessoas começaram a me tratar como se fosse um bebê. Me tratavam como se eu fosse café com leite", desabafou. Cansada de viver daquela forma e apaixonada por esportes, a jovem decidiu estudar fora do Estado. Seguiu para Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde estudou Jornalismo.

"Ninguém à minha volta pensava em me colocar no esporte para pessoas com deficiência, por falta de informação. Então, foi aí que pensei em fazer jornalismo com o intuito de falar sobre esporte e fazer parte dele de alguma forma".

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Essa mudança trouxe resultados maravilhosos para a vida da jovem. Com um 1 metro e 76, e cheia de energia, ela foi convidada para jogar vôlei sentado em uma modalidade específica para pessoas com deficiência física ou relacionada à locomoção.

"Isso me fez me sentir em casa de novo. A partir dali as coisas fluíram muito rápido. Em menos de um ano fui chamada para Seleção de Vôlei Sentado Feminino".

O técnico da seleção enxergou um grande potencial em Luiza. Por conta disso, ela mudou para Goiânia para treinar e se preparar para as Olimpíadas. Hoje, a moça 'café com leite' de Venda Nova do Imigrante foi convocada para a maior competição de esportes do mundo.

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