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Desabamento de piscina: retorno de moradores ao edifício deve acontecer na próxima terça-feira

O prédio foi evacuado na noite de quinta-feira (22), após a piscina desabar; síndico explicou que o retorno foi liberado, mas ainda não é prudente que os moradores voltem

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Moradores do edifício de luxo Parador, localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha, devem voltar para casa na próxima terça-feira (27). O prédio precisou ser evacuado na noite da última quinta-feira (22), após a piscina desabar sobre a garagem. Cerca de 270 moradores estão em hotéis, aguardando a conclusão dos reparos para retornar aos apartamentos. 

>> Leia também: Vídeos mostram momento exato em que piscina desaba em prédio de Vila Velha

Em entrevista ao jornal online Folha Vitória na manhã deste sábado (24), o síndico do empreendimento, Gilmar Assumpção, explicou que o retorno já foi liberado pela Defesa Civil Municipal, Estadual e também pelos engenheiros da construtora Argo. No entanto, segundo ele, ainda não é prudente que os moradores voltem. 

"Desde o primeiro dia, quando a Defesa Civil liberou, já existia uma decisão de não retornar. Ainda não tem gás, estamos resolvendo questões de tubulação, por exemplo, então não há condições habitáveis neste momento. Estamos com quase 40 funcionários trabalhando aqui e não seria prudente retornar com essas famílias para cá diante da pandemia", afirmou.

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O síndico do edifício, que conta com 90 apartamentos, explicou também que uma equipe de técnicos independente foi contratada para vistoriar o local e, preliminarmente, informou que não houve danos à estrutura do prédio. 

"A gente também contratou uma equipe independente e estamos aguardando o laudo deles, mas preliminarmente já me disseram que não houve dano à estrutura. A maioria dos engenheiros diz que é possível retorno, mas por motivos técnicos, eu prefiro não fazer. A previsão, inicialmente, é de terça-feira, mas isso depende de várias questões e está sendo avaliado diariamente", explicou. 

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A Defesa Civil Municipal informou que após reunião entre os engenheiros, onde foi avaliada a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), concluiu-se que não há risco estrutural do prédio, pois a área do desabamento está isolada da estrutura predial e já recebeu reforço para as obras de recuperação.

Em nota, a Argo Construtora reforçou que a Defesa Civil emitiu parecer no sentido de que a estrutura da edificação não foi abalada pelo incidente, corroborando com o laudo emitido pelo engenheiro calculista, permitindo com isso o retorno dos moradores aos seus apartamentos.

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Segundo a construtora, o retorno acontecerá até terça-feira (27/04), a fim de resguardar a segurança dos moradores, evitando possíveis aglomerações e alto fluxo de prestadores de serviço nesse momento de pandemia. Durante o período, a empresa vai continuar arcando com as despesas de hotel e afins.

Crea-ES não recomenda retorno

Apesar do parecer da Defesa Civil, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), não recomenda o retorno dos moradores "por haver possibilidade de novos acidentes". A orientação, segundo o órgão, é pelo monitoramento da estrutura por, no mínimo, 72 horas e pela análise mais aprofundada das causas do acidente.

Segundo o Crea, uma análise prévia realizada pela equipe de engenheiros especialistas do Conselho identificou que o fundo da piscina desabou por inteiro, devido a corrosão do aço, engastamento insuficiente entre o fundo da piscina e a viga de sustentação e que a anomalia pode ter sido resultado de falha de projeto, erro de execução ou, até mesmo, problemas com manutenção.

“Qualquer decisão pelo retorno dos moradores é totalmente irresponsável, inconsequente e incoerente”, disse o presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva. 

Veja os vídeos do momento exato em que a piscina desabou

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