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Desvio milionário: funcionários da Santa Casa de Vitória serão ouvidos pela polícia nesta terça

Investigação da Delegacia de Combate à Corrupção revelou esquema de corrupção que utilizava funcionários fantasmas e gratificações irregulares em salários. Suspeito que coordenava o esquema está preso e outro está foragido

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Pelo menos três funcionários da Santa Casa de Vitória serão ouvidos pela Polícia Civil nesta terça-feira (28) durante as investigações da Operação RH, que apura desvio milionário de R$ 1 milhão nos cofres da instituição. 

A investigação aponta que o autor dos desvios foi o ex-gerente de Recursos Humanos, Jasiel Souza Câmara. O suspeito está preso no Centro de Triagem de Viana, desde sexta-feira (24), quando foi preso em seu sítio de alto padrão em Marechal Floriano. 

Segundo a Polícia Civil, Jasiel Câmara recebia de volta parte do valor das gratificações e horas extras que concedia a alguns funcionários. Além disso, contratou pessoas que nunca apareceram no hospital, mas que constavam na folha de pagamento da Santa Casa. 

Esses funcionários fantasmas também devolviam a ele parte de seus vencimentos.

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Fonte ligada ao Folha Vitória descreveu que o clima no hospital é de apreensão e de medo por causa da ordem de intimação a funcionários feita pela Delegacia de Combate à Corrupção (Decor). Os primeiros depoimentos serão tomados de integrantes do setor de faturamento do hospital filantrópico. 

Em nota, a Polícia Civil informou apenas que a investigação segue em andamento e que os investigados serão ouvidos no decorrer do inquérito policial.

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Suspeito chamou a atenção por acumular bens de forma rápida

Fonte do Folha Vitória disse que o ex-gerente era admirado pelos demais funcionários do hospital pela inteligência. "Ele tratava todos muito bem, era um gestor sociável e, inclusive, dava oportunidades de emprego. Todo mundo está surpreso com o que está sendo revelado", descreveu.

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Jasiel Câmara também chamava a atenção por ter adquirido bens de forma rápida. 

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"De repente, no ano passado, ele trocou de carro, comprou um sítio em Marechal Floriano e, inclusive, abriu uma franquia de padarias com três lojas em funcionamento. Elas fecharam depois que ele foi demitido da Santa Casa em setembro de 2020", afirmou a fonte do Folha Vitória.

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Funcionário chegava a ganhar R$ 15 mil para fazer função cujo salário era de R$ 2 mil

Também há informações de que havia salários diferentes sendo pagos para os mesmos cargos dentro do hospital. "Havia quem desempenhava a mesma função, que correspondia a um salário de R$ 2 mil, mas que ganhava R$ 15 mil", descreve a fonte do Folha.

Quando Jasiel foi demitido ocorreram outras 15 demissões na Santa Casa. "Eram todas pessoas que tinham afinidades com ele, gente que pode ter se beneficiado desses esquemas de gratificações nos pagamentos", ressalta. 

Leia nota na íntegra da Santa Casa de Misericórdia de Vitória:

"A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Vitória informa que todas as medidas necessárias sobre as inconsistências verificadas na gerência de Recursos Humanos estão sendo tomadas junto aos órgãos competentes.

Deixamos clara nossa total confiança no trabalho da Polícia Civil, e enfatizamos que todas as informações solicitadas pela autoridade policial foram e estão sendo repassadas, com absoluta transparência.

As investigações tiveram início tão logo constatadas as inconsistências, tendo a Santa Casa reunido as informações e passado, de imediato, para que o inquérito policial tivesse início. Confiamos no resultado rápido e preciso das apurações e nos colocamos à disposição para futuras indagações, desde que dentro do escopo delineado nas apurações a cargo da polícia judiciária.

Cabe lembrar que a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Vitória está, como sempre esteve, do lado da Justiça, resguardando os preceitos da honestidade, da ética e comprometimento com a sociedade"

O OUTRO LADO

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do ex-gerente de Recursos Humanos da Santa Casa, Jasiel Câmara. 

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