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Empresários se adaptam às normas do governo para voltar a realizar eventos sociais no ES

A partir da semana que vem, eles estão autorizados a retornar, mas só poderão contar com a presença de adultos e terão o público limitado a cem pessoas

Folha Vitória|

Foto: TV Vitória Cerimonial em Jardim Limoeiro, na Serra, está sem receber eventos há seis meses

A partir da próxima segunda-feira (21), o setor de eventos sociais no Espírito Santo poderá retomar as atividades após seis meses parado, em função da pandemia do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, durante um pronunciamento realizado na última sexta-feira (11).

Os eventos, no entanto, serão exclusivos para adultos e deverão obedecer o limite de 100 pessoas. Além disso, deverá ser cumprida uma série de medidas preventivas para evitar a propagação da covid-19 nesses ambientes.

O protocolo definindo todas as regras de funcionamento a serem cumpridas pelos cerimoniais ainda não foi divulgado pelo governo do Estado. Mesmo assim, estabelecimentos e prestadores de serviços do setor já começaram a se organizar para retomar as atividades.

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O empresário Ildo Steffen, dono de um cerimonial localizado em Jardim Limoeiro, na Serra, decidiu que, mesmo com a permissão para a realização de eventos, não vai abrir o salão principal, já que, segundo ele, os custos não compensam. Para receber as festas, foi criado um lounge, do lado de fora, com capacidade justamente para cem pessoas. O local é arejado e conta com espaço para música ao vivo, poucas mesas e churrasqueira.

"No dia 25 e 26, nós estaremos fazendo o primeiro projeto, o Steffen Acústico, que é o barzinho, cem pessoas no máximo, para a gente poder cumprir as normas do governo. É uma área mais arejada, com um custo mais baixo, não tem ar condicionado. Então dá para se fazer. Mas se fosse lá dentro, seria inviável para menos de 500 pessoas ou 50% do espaço que nós temos para fazer esses eventos", ressaltou Steffen.

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Ainda assim, o empresário considera um avanço pequeno, já que são muitas famílias de funcionários e fornecedores sem trabalhar por meio ano. Com capacidade para mais de 3 mil pessoas, o cerimonial, assim como outros estabelecimentos no Espírito Santo, ficou seis meses sem receber festas, formaturas, shows ou qualquer outro evento. 

Já a decoradora de eventos Cínthia Dutra afirma que não vê a hora de recomeçar. "Esse retorno gradativo traz uma luz para o fim do nosso túnel. Mas certamente a gente precisa que seja revisto, obviamente respeitando todas as normas de saúde e tudo mais, porque a gente está passando por um impacto muito grande", afirmou.

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Quem também está ansiosa para retomar as festas é a empresária Caroline Teodoro, dona de um cerimonial infantil no bairro Colina de Laranjeiras, também na Serra. Ela conta que, ao ouvir o pronunciamento do governador, na semana passada, foi do céu ao inferno em questão de minutos. "Eu dei um pulo de alegria quando ele falou que seriam liberados os eventos de até cem pessoas. É o que o meu espaço comporta. Mas, em seguida, ele falou que não seria liberado ainda para crianças e adolescentes", lamentou.

A infectologista pediátrica Euzanete Coser explica por que eventos com crianças devem ser evitados no momento. "As crianças não seguem as regras do distanciamento, não seguem as regras do uso de máscaras. Então a dificuldade de uma criança frequentar os locais públicos é porque ela se infecta mais, ela tem poucos sintomas, ela pode ficar também assintomática e ela pode ser um foco de transmissão para os avós, para as pessoas adultas de grupo de risco", explicou a médica.

Como somente eventos para adultos estão permitidos no estado, por enquanto, a solução encontrada pela empresária foi se adaptar. A partir de outubro, o cerimonial vai receber festas, mas ainda sem crianças. "Confraternização de empresas, reuniões, aniversários adultos também, festa à fantasia, de formatura. Enfim, a gente vai trabalhar com o que a gente pode no momento", disse Caroline Teodoro.

Apesar do respiro, em meio a um período tão turbulento, a preocupação persiste entre os empresários e trabalhadores do setor. "Para essas casas grandes, se levam dois ou três meses para fazer um projeto. Não é que nem restaurante ou outro comércio, que abriu e você tem clientes na porta. Nós não. Temos que captar o cliente e trabalhar em cima do cliente para poder, em três ou quatro meses, surgir esse evento", destacou Ildo Steffen.

De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o retorno dos eventos maiores ainda está em discussão no governo, e é condicionado à redução do risco sanitário do coronavírus à população.

Com informações da jornalista Andressa Missio, da TV Vitória/Record TV

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