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Empresas do ES terão até R$ 20 milhões em investimentos de fundo do petróleo

Fundo de Investimento em Participação (FIP), vinculado ao Fundo Soberano do Espírito Santo, foi lançado nesta sexta-feira. Ao todo, empresa gestora vai administrar R$ 250 milhões de recursos

Folha Vitória|

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O Espírito Santo deu mais um passo para se tornar o maior berço tecnológico do Brasil. A proposta do Fundo de Investimento em Participação (FIP), vinculado ao Fundo Soberano do Espírito Santo, cujo contrato com a empresa gestora foi assinado nesta sexta-feira (18), prevê investimentos em negócios com sede administrativa em solo capixaba. Cada empreendedor poderá receber até R$ 20 milhões de recursos desse fundo. 

A empresa gestora do FIP é a TM3 Capital. De acordo com o presidente, Marcel Malczewski, a proposta é encontrar boas propostas para transformar ideias em produtos viáveis.

"Nós vamos fazer escolhas e encontrar bons empreendedores com boas ideias e bons projetos para ajudar o empreendedor a transformar num produto viável. A primeira atitude é nos encontrarmos com o empreendedor para entender o plano de negócios e saber se o produto ou ideia já existe na forma de um protótipo ou só uma ideia. Podemos ajudar a colocar isso no papel e fazer uma avaliação tanto da ideia quanto do mercado. O empreendedor vai nos ajudar a desenvolver uma jornada de sucesso", explicou.

A TM3 vai administrar o fundo de R$ 250 milhões, voltado para investimentos do tipo “venture capital”. Nessa modalidade, o fundo compra ações de startups ou empresas e passa a ser sócio do negócio. Os investimentos vão de áreas mais tradicionais como confecção, têxtil e calçados até economia criativa e nanotecnologia.

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"Para este fundo, prevemos uma faixa de atuação bastante ampla. Podemos investir no empreendedor com um negócio nascente, e empresas que estão buscando desenvolvimento, precisando de um apoio, um suporte com a nossa experiência. Prevemos cheques a partir de R$ 150 mil, podendo chegar, por empresa, até R$ 20 milhões. Algumas poucas vão poder receber esses cheques maiores. Nosso objetivo maior é investir nas pequenas empresas", afirmou Malczewski.

O lançamento oficial do programa será daqui a três semanas, mas j´a é possível enviar projeto pelo site TM3 Capital.

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O FIP será destinado a investir, preferencialmente, em empresas que tenham a sua atividade principal voltada para a inovação ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social em diferentes setores, como Tecnologias da Informação e Comunicação, Nanotecnologia, Varejo e Comércio Eletrônico, Economia Criativa, Serviços Financeiros, Economia Digital, Educação, Saúde e Ciências da Vida, Energias Renováveis, Químico e Materiais, Meio Ambiente, Agronegócio, Metalmecânico, Transporte, Logística, Rochas Ornamentais, Economia do Turismo e Lazer, Madeira e Móveis, Confecção, Têxtil e Calçados.

A vigência do FIP terá 10 anos, prazo que poderá ser prorrogado por mais dois anos. Com o fundo, o governo estadual pretende atrair e prospectar novos negócios, já que o capital investido será destinado a projetos de empresas que tenham ou venham a ter investimentos no Estado ou em todo território nacional, desde que a empresa tenha sede fiscal no Espírito Santo.

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"A TM3 já vai acompanhar 500 empresas numa aceleração a distância, 50 empresas de tecnologia presencialmente e 30 empresas que vamos ser parceiros. Nos próximos anos, esse estado será um estado com o maior número de empresas do tipo do Brasil", declarou o governador Renato Casagrande, durante cerimônia de assinatura do contrato.

“Pensar no futuro hoje para que o Estado não fique dependente do petróleo, que é algo volátil. O Fundo Soberano é uma amostra de gestão pensando no futuro. Quem irá gerir essa poupança que estamos fazendo agora serão os governantes do futuro. Nenhum outro Estado tem um Fundo Soberano. O Espírito Santo é pequeno de tamanho, mas a cada dia se consolida como referência em diversas áreas", completou o governador.

Por meio do Twitter, Casagrande destacou que os investimentos podem impulsionar a economia capixaba.

Para o presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Munir Abud de Oliveira, o Fundo de Investimento vai mudar completamente a economia do Espírito Santo.

"É uma diversificação do nosso fundo econômico. Estamos criando o maior fundo público do Brasil para empreender com os empresários capixabas. Isso tende a trazer investimentos de outros estados para cá e gerar aqui o berço de startups, de empresas de tecnologia e de todos setores da economia capixaba", afirmou.

Abud destacou que o Bandes coordenou a chamada pública para a escolha da gestora para estruturar o FIP Funses 01. A gestora selecionada tem um papel importante em todo o processo, sendo responsável pela análise das empresas, valoração, negociação, investimento, aceleração e desinvestimento das empresas selecionadas.

“A iniciativa é um cuidado com o futuro dos capixabas. O Governo aloca recursos provenientes de uma riqueza finita, como o petróleo ou o gás natural, para fazer uma poupança estadual que recebe parte do dinheiro de sua exploração e, assim, investir em diversificação, inovação e sustentabilidade da economia do Estado. Estamos falando de uma iniciativa inédita, que permite a atração de novas empresas para o Espírito Santo, o ganho de competitividade do parque industrial, o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e a diversificação e o fortalecimento da nossa economia, além da consolidação de cadeias produtivas de diferentes segmentos econômicos”, destacou Munir Abud.

Diversificação econômica

A concepção, em 2019, do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo (Funses) pelo Governo do Estado, com base nos recursos oriundos da exploração de petróleo, foi um marco para o futuro socioeconômico dos capixabas. 

Em 2021, a criação de um Fundo de Investimento em Participações (FIP), vinculado a esse Fundo original, se consolidou como uma iniciativa de grande importância estratégica para o novo ciclo econômico capixaba, com potencial para impactar o rumo da nossa economia.

O novo fundo permite, a partir do investimento de receitas provenientes da indústria do petróleo e do gás natural, buscar a atração de novos negócios, com emprego e renda para a população. O Fip Funses 01 pretende acelerar até 500 empresas em 5 anos e investir em, aproximadamente, 100 empresas por todos os estágios da jornada de desenvolvimento, no mesmo período.

Com vasta experiência na gestão de venture capital, a TM3 Capital vai trabalhar no Espírito Santo em conjunto com a empresa ACE, que atuará como aceleradora de startups no mercado capixaba. A ACE tem o papel de desenvolver as startups e empresas de base tecnológica, auxiliando-as para tornar os modelos de negócios consolidados e aptos a receber aportes do FIP. 

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