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Ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, aponta erros no plano de vacinação contra a covid-19

Teich defende que o plano da vacinação esteja concentrado em acompanhar as novas cepas do vírus, afim de que a eficácia dos imunizantes não seja colocada em xeque

Folha Vitória|

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Nesta quinta-feira (14) o médico e ex-ministro da Saúde Nelson Teich apontou equívocos no plano de vacinação elaborado pelo governo federal para a imunização da população contra a covid-19. Teich acredita que o planejamento precisa ser mais detalhado e trabalhado.

Dentre as questões levantadas pelo ex-ministro, estão a possibilidade de se receber uma vacina com maior eficácia se a primeiro imunizante (possivelmente menos eficaz) já foi aplicado e de onde partiria a decisão sobre quem seria imunizado com a vacina mais eficaz e quem não, pois de acordo com ele, seria mais eficiente se todos esperassem, de fato, a vacina com maior eficácia.

“A covid-19 tem uma gravidade diferente nos municípios brasileiros. Usar um critério para distribuição que leve em consideração apenas as características populacionais, sem levar em consideração as diferenças regionais relacionadas com a gravidade da doença seria um erro”, disse Teich.

O ex-ministro também acrescenta que, em virtude desta discrepância em diferentes estados, a distribuição deve ser melhor estudada. “A questão fundamental é como definir o volume, a frequência e a sequência ideal de distribuição das diferentes vacinas para os municípios brasileiros da forma mais eficaz para controlar a doença em todo país no menor tempo possível”.

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O médico oncologista disse, ainda, que para que a estratégia de distribuição aconteça de forma eficiente, é preciso se ater a alguns dados como a quantidade de pessoas que necessitam de internação em hospitais, o número de internações em UTI's, a quantidade de pacientes que precisam de ventilação mecânica ou demais recursos e quantos perderam a vida em serviços de saúde oferecidos a domicílio.

“Com as respostas para as perguntas acima vai ser possível entender as diferenças entre os municípios e definir com mais precisão as prioridades e a distribuição ideal de vacinas e insumos. Também será possível otimizar a distribuição dos postos de vacinação e os recursos humanos”, explicou.

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Mas o ex-ministro acredita na necessidade de criar um programa, pois ele acredita no risco das novas cepas do coronavírus alterarem a eficácia dos imunizantes. 

Vale lembrar que no último domingo (10), o Ministério da Saúde divulgou dados sobre a descoberta de uma nova cepa do vírus encontrada no Japão através de turistas que acabaram de chegar do Brasil. De acordo com o ministério, esta nova cepa possui 12 mutações diferentes e incluem as amostras encontradas no Reino Unido e na África do Sul, tornando o poder de transmissão do vírus ainda mais intenso.

* Com informações do Portal R7

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