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Família diz que precisou aumentar a cova para enterrar corpos de mãe e filha mortas em Marataízes

O crime aconteceu na noite de quarta-feira (15) e só foi enterrado na sexta (17). Os corpos ficaram dentro do rabecão

Folha Vitória|

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O sofrimento da família da mãe e da filha assassinadas em Maratapizes só aumentou com o que veio após o crime. Os corpos ficaram dois dias fora da geladeira do Serviço Médico Legal (SML) e tiveram que ser enterrados em cova rasa, feita pelos familiares.

Charlene de Lenis Gonçalves e Ysaquiele Júnia Gonçalves foram mortas a facadas na última quarta-feira (15). O principal suspeito do duplo feminicidio é Michael Prates Garcia, ex-companheiro de Charlene, que está preso. 

De acordo com a Polícia Civil, o homem invadiu a residência da ex armado com uma faca. Flávio Gonçalves, irmão de Charlene, disse que o relacionamento entre a irmã e do ex-cunhado sempre foi conturbado. O irmão contou que ficou sabendo por telefone da morte das duas.

Charlene, além de Ysaquiele, tinha uma outra filha. A jovem tem problemas auditivos, o tio conta que a menina viu tudo e ainda está em choque. Nas redes sociais, a menina fez uma homenagem emocionante e se despediu da mãe e da irmã.

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Não bastasse toda violência e sofrimento que família passou, os parentes ainda tiveram dificuldade para liberar os corpos, pois não havia médico legista Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim.

Leia também: Crime em Marataízes: filha morreu ao tentar salvar mãe das facadas, diz delegado

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"Elas ficaram quinta e sexta no rabecão. Elas apodreceram, pois não colocaram na geladeira. Não teve como fazer o velório", contou o irmão.

Os corpos de mãe e filha só foram liberados nesta sexta-feira (17). Mas no enterro, no cemitério municipal de Cachoeiro de Itapemirim, que fica no bairro Coronel Borges, a família precisou aumentar a cova para enterrar as duas.

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"Eu, meu primo, um amigo e meu pai tivemos que cavar a sepultura para poder enterrar elas. Eu penso: como uma família suporta isso? É muita humilhação. Até depois de mortas elas sofreram. A família também", desabafou.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim está com reforma em andamento e a previsão é que a obra dure cerca de cinco meses. Por enquanto, as necropsias continuam sendo realizadas no próprio SML e, quando a reforma ocorrer especificamente na Sala de Necropsia, este serviço será transferido para uma sala na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marbrasa, disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e pronta para uso do SML. 

A Secretaria de Manutenção e Serviços de Cachoeiro informou que não houve nenhuma intercorrência durante o sepultamento das vítimas e que foi prestada toda a assistência necessária à família. O sepultamento, inclusive, ocorreu após o horário de atendimento do cemitério municipal, que é até às 17h.

*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record TV

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