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Grande Vitória registra oito homicídios nas últimas 24 horas

Em uma das ocasiões, um mesmo bairro registrou três assassinatos em pouco mais de 10 horas

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Roubos, furtos e assaltos são crimes que fazem parte da rotina do capixaba. Relatos da criminalidade tem tornado a sensação de segurança cada vez mais distante para boa parte da população. Pessoas inocentes, ou não, que acabam tendo suas vidas ceifadas pelo poder de criminosos e que deixam feridas não apenas em si, mas nas famílias que ficam para trás.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) nos últimos dois dias foram registrados 10 assassinatos no Espírito Santo. Deste total, oito foram apenas nos municípios da Grande Vitória.

Cariacica

O bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica, foi um dos epicentros destes crimes, só neste bairro foram três assassinatos em pouco mais de 10 horas. A sequência brutal teve início na última terça-feira (02) por volta das 12h onde dois adolescentes de 15 e 16 anos foram baleados e mortos no meio da rua. As vítimas lutaram para sobreviver e um dos adolescentes chegou a ser socorrido com vida, mas nenhum deles resistiu aos ferimentos.

Ainda no mesmo bairro, desta vez às 22h, um homem não identificado pela polícia foi encontrado morto em uma estrada. Testemunhas disseram ouvir os disparos de arma de fogo. A Polícia Civil segue investigando o crime.

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Vitória

Apesar de tanta violência, os crimes estavam apenas começando. No bairro Santa Martha, em Vitória, mais uma morte brutal. Ao receber uma ligação, um homem saiu de casa sem dizer para a esposa o destino. Após sair a poucos metros de casa ele foi abordado por homens armados e baleado com mais de 10 tiros. A vítima chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Serra

Por volta de 21h05 também na terça-feira, a Polícia Militar foi chamada no bairro Serra Sede para atender a ocorrência de um assassinato. Adriano Teixeira, de 46 anos, foi morto a tiros enquanto estava dentro de casa

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Segundo informações da polícia, os assassinos chegaram de moto, chamaram o rapaz no portão e atiraram nele. Após ser baleado, Adriano tentou correr e se esconder na cozinha da casa, mas acabou não resistindo.

Apenas duas horas após o assassinato de Adriano Teixeira, policiais se dirigiram ao bairro Novo Horizonte, também na Serra, e no local, mais um cenário de brutalidade. Uma mulher de 44 anos foi baleada em um ponto de ônibus, após o crime ela foi levada para o hospital onde segue internada.

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A atividade deste grupo de atiradores não terminou, pois no mesmo bairro, um homem conhecido como "Baiano" foi baleado e, de acordo com a polícia, a vítima foi esfaqueada até a morte. Os assassinos ainda teriam tirado fotos da vítima e espalhado as imagens nas redes sociais.

Guerra pelo tráfico

De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, a maior parte dos casos possui ligação com o tráfico de drogas e a idade dos envolvidos é um fator preocupante.

"Meninos muito novos, com uma arma próxima ao corpo caída dá a entender exatamente que esse crime de execução lamentavelmente está ligado à uma faixa etária de 12 a 28 anos ligados diretamente ao tráfico de entorpecentes", disse.

Nos bairros Cobi de Baixo, em Vila Velha, e São Judas Tadeu, em Cariacica, também foram registrados assassinatos. Além dos oito homicídios registrados na Grande Vitória em menos de 24 horas, outros dois assassinatos aconteceram em cidades do interior capixaba.

Mesmo com constantes registros de violência desde o início da semana, a Sesp garantiu que houve redução de 4% no número de homicídios no Espírito Santo, se os dados forem comparados com os meses de janeiro e fevereiro do ano passado.

Ainda de acordo com o secretário, as forças de segurança pública tem feito um trabalho para a redução desses homicídios, mas Ramalho faz um alerta para que outras camadas do governo promovam trabalhos sociais com os jovens envolvidos no tráfico.

"As ações sociais para que possamos dar encaminhamento a esses jovens de um futuro melhor para que ele enxergue outras oportunidades muito além do crime, perpassam as ações e missões constitucionais das duas polícias. É preciso entender esse jovem na criminalidade e trabalhar para retirá-lo e esse não é o papel das nossas polícias que atuam na repressão e na prevenção", explicou.

* Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/RecordTV

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