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Homens são as principais vítimas de latrocínio no Espírito Santo

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, a maior parte das vítimas são de cor parda e quase 90% são do sexo masculino

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Registros da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) apontam que as maiores vítimas de latrocínio no Espírito Santo são homens. Para o secretario estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, esse tipo de crime é um exemplo claro do quão covarde e rude podem ser os criminosos.

"Jovens, violentos, armados com armas de grosso calibre e que estão tentando, naquele momento, roubar uma pessoa, mas acabam tendo alguma resistência, embate ou por uma mínima reação da vítima acabam matando. Isso faz parte de um comportamento doentio, covarde e sem apego à vida, que é a prática do latrocínio".

O irmão de Fernanda Figueiredo entrou para a lista de vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte). Rodrigo Figueiredo Rosa, de 39 anos, foi assassinado enquanto fazia uma trilha em Vila Velha.

"Foi uma tentativa de assalto. Ele tomou um tiro nas costas. Ele ficou paraplégico com risco de ficar tetraplégico, e veio acabou morrendo depois de 10 dias lutando no hospital. Ele lutou bravamente", contou a irmã da vítima. 

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Rodrigo trabalhava como inspetor penitenciário e foi assassinado enquanto praticava exercícios físicos no Morro do Moreno, em Vila Velha.

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"Me pergunto todo dia por que fizeram isso com meu irmão. É muita maldade fazer isso não só com meu irmão, mas com qualquer pessoa", lamentou Fernanda.

Em 2020, o número de casos de roubo seguido de morte chegou a 39. Em 2019, a quantidade de casos foi menor. De janeiro a abril, foram 19 vítimas.

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Perfil das vítimas

Além dos números, o que também chama a atenção nos dados sobre o crime de latrocínio é o perfil das vítimas. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e do Observatório da Segurança Cidadã, a maioria, por exemplo, são de pessoas pardas. 

Do total de vítimas que sofreram com esse crime, 41% tem de 30 a 59 anos e 89,55% das vítimas são do sexo masculino. Em 24% dos casos foram utilizadas armas de fogo e a maioria deles ocorreu entre 7 e 11 horas.

"Nós lamentamos profundamente porque é uma geração de jovens com famílias desestruturadas. Jovens afastados das escolas, afastados da esperança de possuir um emprego formal e que se apegam aos modelos existentes de violência e replicam essa violência para os criminosos rivais, mas também para os moradores honestos, dignos, trabalhadores que residem nesses locais", apontou Ramalho.

Sobre a forma que os criminosos têm praticado esses tipos de delitos, Alexandre Ramalho destacou que a violência extrema tem se tornado marca registrada.

"Registramos a característica violenta e psicopata desses indivíduos que retiram a vida do cidadão de bem por qualquer objeto e por qualquer coisa que eles queiram roubar".

* Com informações do repórter Douglas Camargo, da TV Vitória/RecordTV

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