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Idoso vence o coronavírus após 22 dias de internação e retorna para casa em Guarapari

Aos 79 anos, Helvécio Gomes dos Santos esteve hospitalizado do dia 08 ao dia 30 de junho; Hoje, recebe ajuda de familiares para lidar com as sequelas da doença

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Durante a pandemia do novo coronavírus, familiares estão especialmente atentos à proteção dos idosos, que integram o grupo de risco da doença. Mesmo seguindo todos os cuidados recomendados, Helvécio Gomes dos Santos, de 79 anos, contraiu o vírus e passou 22 dias internado, 10 destes na UTI. A família do idoso, que reside no bairro Camurugi, em Guarapari, não sabe como ele se infectou, mas deixa uma mensagem de conscientização e esperança. "O isolamento social é essencial para proteger a nós mesmos e as pessoas que amamos". 

Diagnóstico

De acordo com Katscilaine dos Santos Francelino, nora de Helvécio, tudo começou no dia 08 de junho, quando o sogro manifestou os primeiros sintomas. "Ele estava com falta de ar, perda de apetite, dor no corpo e tosse seca. Então, ligamos para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a socorrista informou que provavelmente era Covid-19".

Katscilaine acredita que o atendimento que Helvécio recebeu na Unidade de Pronto Atendimento (Upa Guarapari) foi determinante para que vencesse a doença. "A equipe do Upa foi muito atenciosa, cautelosa e ágil. Primordiais para que ele recebesse acompanhamento médico com urgência", relata. 

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Internação

Segundo ela, o teste rápido feito em Guarapari não acusou resultado positivo. No entanto, o idoso foi encaminhado para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, que é referência em atendimento a pacientes com Covid-19 no Espírito Santo. Lá, Helvécio foi hospitalizado, após o diagnóstico definitivo, e passou uma semana na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Alguns dias depois, com o quadro estável, o paciente foi transferido para o Hospital Evangélico de Vila Velha e, após um pico de pressão alta, precisou retornar para a UTI. 

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Ao todo, Helvécio passou 22 dias internado. "Foram dias muito difíceis para nós. Nos deslocando até o hospital para receber notícias, preocupados com o estado de saúde dele e com a possibilidade de outros membros da família contraírem o vírus, já que tenho uma filha de 3 anos que tem bronquite e, por isso, é do grupo de risco".

Sequelas

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Apesar dos dias de aflição, nenhum outro membro da família contraiu a doença e, quando Helvécio retornou para casa, no dia 30 de junho, já não apresentava risco de transmissão. "O hospital nos deu todas as orientações para o cuidado e nos explicou que, pelo longo período internado, ele já não poderia transmitir o vírus. Mesmo assim, sofremos com o preconceito dentro da própria família", conta Katscilaine. 

Hoje, os nove filhos de Helvécio se revezam na rotina de cuidados do idoso e o ajudam a lidar com as sequelas da doença. "Ele faz fisioterapia para voltar a caminhar com segurança, precisou de sessões para exercitar o pulmão, assim que recebeu alta hospitalar, e assim lida com as sequelas da Covid-19".

Alerta

Os familiares do idoso não sabem, até hoje, como ele teria contraído o vírus, já que seguia todas as recomendações médicas. Por isso, alertam para a importância do isolamento social. "Nós estávamos em casa, seguros, e alguma pessoa assintomática o transmitiu. Então estamos ainda mais cuidadosos que antes. O isolamento social é essencial para proteger a nós mesmos e as pessoas que amamos", diz a a nora. 

Para a família, apesar de todas as dificuldades, a recuperação de Helvécio, aos 79 anos, representa esperança. "Essa é a principal mensagem que podemos dar, neste momento de angústia: fé. Cuidem-se".

Texto: Nicolly Credi-Dio

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