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Irmãos carbonizados em Linhares: Justiça nega pedido para que caso seja levado para STJ

Recurso especial foi apresentado em fevereiro deste ano pela defesa de Georgeval Alves, acusado de matar as crianças. Ainda cabe novo recurso para tentar levar o caso para Brasília

Folha Vitória|

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O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) rejeitou o pedido feito pela defesa de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de estuprar, espancar e assassinar o filho, Joaquim Alves, e o enteado, Kauã Sales Butkovsky, há quatro anos, em Linhares, no Norte do Estado, para que o caso seja analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Georgeval responde pelos crimes de duplo homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura. Em maio de 2019, o juiz de primeiro grau, André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, decidiu que o réu deveria ser submetido ao júri popular, porém ainda não há um prazo para que o julgamento ocorra.

A demora na marcação de uma data para o júri se dá pelo fato de a defesa de Georgeval ter apresentado diversos recursos para impedir a realização do julgamento.

O último deles foi um recurso especial, apresentado pela defesa do réu em fevereiro deste ano. Ele foi encaminhado para a vice-presidência do TJES, que analisou a admissibilidade do recurso.

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Caso a vice-presidência da Corte considerasse que o recurso apresentava os requisitos necessários para ter seu mérito analisado, ele seria encaminhado ao STJ, fazendo com que o caso se arrastasse na Justiça por mais tempo. No entanto, o recurso especial não foi admitido.

Entretanto, a defesa do acusado ainda tem a possibilidade de ingressar com um agravo em recurso especial, que pode fazer com que o processo seja encaminhado para Brasília. A reportagem do Folha Vitória não conseguiu contato com a defesa de Georgeval Alves.

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Por meio de nota, os advogados da família de Kauã e assistentes de acusação, Síderson Vitorino e Lharyssa de Almeida Carvalho, informaram que estão diligenciando junto à 1ª Câmara Criminal do TJES para que o processo tenha um tramitar célere. 

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Os advogados também disseram que esperam que os autos voltem para Linhares ainda neste ano, para que seja instalado o Tribunal Popular do Júri. "A família espera por quatro anos que justiça seja feita", destacam os advogados.

Relembre o caso

Georgeval Alves é acusado de estuprar, espancar e assassinar o filho, Joaquim Alves, na época com 3 anos, e o enteado, Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 21 de abril de 2018, na casa da família, em Linhares.

A Polícia Civil concluiu que o acusado estuprou, espancou e, em seguida, ateou fogo nas duas crianças, enquanto elas ainda estavam vivas.

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A esposa dele e mãe dos meninos, Juliana Salles, chegou a ser presa na época porque, no entendimento da Justiça, apesar de estar viajando na noite do incêndio, ela foi omissa e sabia dos abusos que as crianças sofriam.

No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares decidiu por não levá-la a júri popular. Em sua decisão, o magistrado entendeu que não havia nos autos do processo provas cabais que demonstrassem que a mãe dos irmãos teria sido omissa ao permitir a aproximação de Georgeval das crianças.

Na época do crime, o acusado alegou que estava dormindo, quando ouviu, pela babá eletrônica, as duas crianças chorando. Georgeval Alves disse que foi até o quarto dos dois, mas não conseguiu salvá-los.

A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram perícias na casa onde o caso aconteceu e no carro que geralmente era utilizado por Georgeval Alves e concluiu que a versão apresentada pelo acusado é falsa. O réu está preso desde o dia 28 de abril de 2018.

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