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Julho Amarelo: campanha alerta para o risco das hepatites virais

Julho é o mês reservado para orientar a população sobre as doenças que podem causar cirrose hepática e câncer no fígado. O diagnóstico precoce é fundamental e está disponível no SUS

Folha Vitória|

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As hepatites mais comuns no Brasil são as causadas pelos vírus A, B e C. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tanto no país quanto no Espírito Santo, a tendência de redução da taxa de detecção de hepatites virais A e B são expressivas, motivada principalmente pela melhora da cobertura vacinal entre os anos de 2017 e 2019.

Já em 2020 e 2021, a redução no registros dos novos casos tem duas explicações: a pandemia, que resultou em uma baixa procura para realização de testes, e a mudança definida pela Sesa no Sistema de Notificação do Espírito Santo. 

Segundo o médico infectologista e coordenador do Programa Estadual de Hepatites Virais da Sesa, Marcello Leal, entre 1º de janeiro e 26 de junho deste ano, no Estado, foram confirmados, 1 caso de hepatite A, 50 casos de hepatite B e 55 casos de hepatite C.  O especialista destaca a importância de se estar atento aos sinais dos primeiros sintomas da doença. 

“Pessoas com mal-estar, náuseas, vômitos, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), urina escura e fezes claras devem procurar a unidade de saúde ou pronto socorro para atendimento e isso é essencial para a constatação e controle da doença”, disse.

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Tratamento deve começar o quanto antes

Assim que detectados os sintomas, o paciente deve procurar as Unidades Básicas de Saúde ou Centros de Testagem e Aconselhamento de IST, AIDS e Hepatites para a realização do teste de hepatites.

“Os testes para as hepatites B e C estão disponíveis para a população nas Unidades Básicas de Saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento de IST, AIDS e Hepatites. Devem ser testados para hepatite B, principalmente pessoas com mais de 30 anos, portadores de HIV, usuários de drogas, indivíduos com múltiplos parceiros sexuais e com casos de hepatite B na família”, informa o médico.

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Para a hepatite C, a orientação é que sejam testadas as pessoas com mais de 40 anos; diabéticos; pessoas com insuficiência renal; usuários de drogas injetáveis; pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou história de infecções sexualmente transmissíveis; portadores de HIV. 

Além disso, também é importante testar as pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 e pessoas com antecedente de uso, em qualquer época, de agulhas, seringas de vidro ou seringas não descartáveis ou não esterilizadas.

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Para fazer o teste, é necessário recolher uma gota de sangue do paciente, que é depositada em uma placa com substância química. A reação acontece em média 20 minutos é feita a leitura do resultado do teste

Características das Hepatites

A hepatite A é contraída por consumo de água e alimentos contaminados por fezes de um indivíduo com a doença. A maioria dos casos dessa classificação está associada a condições precárias de saneamento básico e falta de cuidados com a higiene pessoal.

A Transmissão da hepatite B pode ser por três formas distintas: relação sexual; contato com sangue contaminado; e de mãe para filho durante a gestação ou no momento do parto. Após o contato com o vírus, existe a chance de este permanecer se multiplicando nas células do fígado por mais de seis meses, conhecida como hepatite viral crônica.

Em relação à hepatite C, a contaminação acontece por meio de sangue contaminado e a maioria dos pacientes não apresenta sintomas. Quando não realizado o teste, os sintomas da doença hepática se manifestam na fase avançada como cirrose ou câncer de fígado.

As hepatites B e C são doenças silenciosas e potencialmente graves. A hepatite C é a principal causa de transplante de fígado no País. O transplante é indicado para pacientes com cirrose e diminuição severa de funcionamento do fígado. Logo, indicado apenas para pacientes mais graves.

Prevenção

Transmitida pela da água e alimentos contaminados, a hepatite A é combatida com simples atos importantes como lavar bem as mãos após usar o banheiro; beber água filtrada ou tratada; e lavar bem os alimentos consumidos crus.

Para as crianças menores de 5 anos, é importante que seja aplicada a dose da vacina contra Hepatite A, disponível nas unidades básicas de saúde.

A hepatite B é transmitida de mãe para filho durante o parto; mediante sangue contaminado; e pelas relações sexuais. Em sua prevenção, é importante usar preservativos nas relações sexuais, não compartilhar objetos de uso individual, como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha, escovas de dente, além de evitar compartilhamento de agulhas e seringas. 

Também é e extrema importância fazer uso da vacina contra hepatite B, disponível para toda a população desde o nascimento a terceira idade.

Para a hepatite C, a transmissão se dá por meio de sangue contaminado e a principal forma de prevenção é não compartilhar de objetos de uso comum e evitar compartilhar agulhas e seringas.

Vacinas estão disponíveis nas Unidades de Saúde

A população tem acesso às vacinas para hepatite virais A e B que são ofertadas diariamente nas salas de vacinação das unidades de saúde dos municípios durante todo o ano, elas estão inseridas no calendário nacional de imunização.

A vacinação contra a hepatite A foi incluída no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos. A hepatite C não tem vacina.

Centro de Testagem e Aconselhamento - CTA

A Secretaria da Saúde oferece apoio aos municípios que realizam as ações de prevenção e testes rápidos para diagnóstico das hepatites, por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Coordenação Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais.

Marcello Leal informa que durante a campanha julho amarelo são realizadas palestras à população em geral, distribuição de preservativos, incentivo à vacinação, capacitação para profissionais de saúde, além de distribuição de panfletos e vídeos informativos nas mídias sociais e entrevistas.

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