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Mais da metade dos policiais militares já recorreram a álcool e drogas para aliviar estresse, segundo pesquisa

Entre maio e o início de agosto, foram abordados 550 policiais militares, que representam a tropa de 8 mil praças e oficiais

Folha Vitória|

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Uma pesquisa divulgada na sexta-feira (23), pela Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo, mostrou que mais da metade dos policiais militares capixabas já recorreram a bebidas alcoólicas, remédios de uso controlado ou drogas, na tentativa de aliviar o estresse. 

Os dados foram colhidos em companhias e batalhões de todo o Espírito Santo e apontam que 30% procura por bebida alcoólica, 26% por remédio controlado e 5% por drogas. 

O pesquisador, professor e mestre em administração, Robson Carlos de Souza afirmou que há um desequilíbrio na saúde mental dos profissionais. "O militar ele se sente inútil, triste, chora bastante e não tem vontade de exercer seu trabalho. Muitos alegam que não conseguem dormir, que vivem num estado de insônia, depressão. Alguns ainda alegam que tem vontade de tirar a própria vida". 

Entre maio e o início de agosto, foram abordados 550 policiais militares, que representam a tropa de 8 mil praças e oficiais. Apenas 18% disseram estar sempre satisfeitos com as funções, 74% às vezes e 7% nunca. 

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O especialista ainda alerta que é preciso estar atendo aos sinais das pessoas doentes. "É necessário tomar uma atitude para reverter isso, procurar identificar quem está precisando de ajuda e procurar dá todo apoio necessário. A profissão de militar é uma profissão diferente, se liga com o risco quase que em 100% das suas atividades". 

Providências

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O assunto foi debatido durante o Encontro Nacional de Entidades que representam policiais e bombeiros militares, que aconteceu nesta sexta-feira (23), em Vitória. O governador do Espirito Santo, Renato Casagrande e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel marcaram presença e falaram sobre o caso. 

"O que nós estamos propondo, é que definitivamente a Polícia Militar precisa ter condições de agir contra o crime organizado e é evidente que alguns protocolos podem e devem ser criados para que a população não seja atingida, mas precisamos enfrentar esse crime organizado que se instalou", disse. 

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O presidente da Associação de Cabos e Soldados do Estado opina que é preciso agir. "Nos últimos dez anos nós estamos tendo um aumento na taxa de suicido dentro das corporações militares e após a greve da PM, em fevereiro de 2017, isso se agravou. Há preocupação de conhecer nossa tropa, os associados e não associados para que a gente possa buscar, juntos, soluções para cuidar dos nossos profissionais.

A Polícia Militar foi procurar para falar quais são as medidas adotadas para cuidar da saúde mental do profissionais, mas não tivemos retorno.

Com informações da repórter Fernanda Batista, da Record TV!

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