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Medicamento aprovado pela Anvisa contra covid-19 é apenas para uso hospitalar

O rendesivir deve ser administrado de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos

Folha Vitória|

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), a aprovação do primeiro medicamento com indicação em bula para tratamento de pacientes infectados pela covid-19, o antiviral rendesivir.

A medicação, da biofarmacêutica americana Gilead Sciences, também foi aprovada no ano passado para uso como medicamento oficial para o tratamento da covid-19 pela Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa. 

O medicamento foi desenvolvido para o combate ao ebola. O rendesivir já havia apresentado bons resultados para tratar pacientes infectados pelos outros coronavírus causadores da Sars e da Mers.

Posicionamento da OMS

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Em novembro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhou o uso do rendesivir para o tratamento de covid-19. Na época, a OMS destacou que não existem evidências robustas da eficácia do remédio. Diante da falta de comprovação dos possíveis riscos associados ao uso do remédio e do seu alto custo, os especialistas julgaram adequado não recomenda-lo. 

Resposta da Anvisa 

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A Anvisa esclareceu nesta quinta-feira (11), o motivo de liberar o antiviral rendesivir para tratamento de covid-19, apesar de o medicamento não ser recomendado pela OMS.

"O estudo da OMS avaliou mais a ocorrência de mortalidade e pacientes com perfil um pouco diferente dos avaliados nos outros estudos que consideramos para liberar o remédio. O estudo que consideramos válido focou na redução do tempo de hospitalização dos pacientes e vimos que houve uma redução na hospitalização”, ressaltou a gerente de avaliação de segurança e eficácia da Anvisa, Renata Soares, acrescentando que a situação de ocupação de leitos de UTI no país pesou na decisão.

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Ainda segundo a Anvisa, o antiviral está liberado, exclusivamente, para uso hospitalar e é recomendado para internados com pneumonia, com suplementação de oxigênio, e não se restringe à forma leve, moderada ou grave, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou por membrana extracorpórea.

O medicamento deve ser administrado de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos, que tenham, no mínimo, 40 quilos. O tratamento é feito em, no mínimo, 5 dias, com tempo máximo de 10 dias.

“É importante ressaltar que esse é o primeiro medicamente com indicação, em bula, para covid-19, fruto de análise de eficácia e qualidade”, destacou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Vacina de Oxford

No anúncio da Anvisa, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, Gustavo Mendes, disse que o órgão também concedeu o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford, que já tinha autorização para uso emergencial no país, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O primeiro imunizante a obter o registro definitivo no Brasil foi o da Pfizer. Com a liberação, a vacina do consórcio AstraZeneca/Oxford terá uma etapa de produção no Brasil, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A autorização permite que a vacina seja aplicada em maiores de idade.

*Com informações da Agência Brasil 

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