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Mulheres tem mais problemas oculares do que homens

A idade, os hormônios da gestação e as doenças autoimunes, presente majoritariamente em mulheres, são fatores que contribuem para o surgimento de problemas na visão

Folha Vitória|

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Que as mulheres vivem mais do que os homens, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já confirmou. Elas vivem, em média, 7 anos a mais do que eles. Acredita-se que esse seja um dos motivos para algumas doenças oculares acometerem mais o público feminino do que o masculino. Outro fator que também é atribuído ao fato das mulheres apresentarem mais problemas oculares do que os homens são as alterações hormonais que acontecem durante a gestação.

A médica oftalmologista Marilia Vilas Boas explica que o fato das mulheres terem mais doenças autoimunes do que os homens, também pode ser considerado um fator agravante, pois doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla, geram grande impacto sobre a visão, podendo, em casos mais graves, levar à cegueira.

Como elas vivem mais, o fator idade traz consigo alguns problemas oculares que influenciam nessa questão de maior incidência no público feminino. “A catarata, degeneração macular e retinopatia diabética são problemas que acontecem, em sua maioria, junto com o envelhecimento, sendo doenças prevalentes nas pessoas com mais idade”, alertou a médica.

Quando jovens e férteis, a maior parte da população feminina opta por gestar um ou mais filhos, e durante a gestação ocorrem muitas alterações hormonais que também podem ter como desdobramento alguns problemas de visão.

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"Os principais problemas oculares que podem ocorrer durante a gravidez são olhos secos, visão embaçada, desenvolvimento da pré-eclâmpsia e do diabetes gestacional, e também sensibilidade aumentada da córnea, que costuma diminuir nos últimos meses de gestação e pode voltar ao normal após o nascimento do bebê", disse.

A médica também alertou sobre a pré-eclâmpsia que consiste em uma hipertensão arterial específica da gravidez que pode ocorrer a partir da 20ª semana. Os sinais costumam ser identificados através dos olhos em até 8% das gestantes, sendo provável que a paciente se queixe de perda temporária de visão, maior sensibilidade à luz, visão embaçada ou com formação de halos ou flashes.

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“Outro fator que também é muito importante quando o assunto é gestante é a diabetes gestacional. As altas taxas de açúcar no sangue podem danificar pequenos vasos sanguíneos que alimentam a retina. Por esse motivo, a gestante que é diabética pode apresentar problemas nos olhos relacionados a nitidez e foco e em casos mais graves até a perda da visão”, alertou.

A advogada Elline Rodrigues disse que teve diabetes gestacional na sua primeira gestação. “Fui ao médico e tive que fazer dieta controladíssima durante todo o tempo para evitar inúmeros problemas para mim e para a criança, inclusive o médico me alertou sobre perigo de cegueira”, contou.

Adotar um estilo de vida saudável ajuda a evitar problemas oculares mais graves e ter constância e consciência da importância de consultar o médico oftalmologista ao menos uma vez ao ano também contribui para prevenir complicações e tratar doenças em estágios iniciais.

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