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Pandemia contribuiu para aumento da guerra entre gangues rivais no ES, afirma secretário

Segundo o Anuário da Segurança Pública, o Espírito Santo registrou um aumento de 18,5% no número de mortes violentas, o terceiro maior do pais

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O Espírito Santo registrou 642 mortes violentas intencionais no primeiro semestre deste ano, 100 a mais do que no mesmo período de 2019. O aumento registrado nesse tipo de crime foi de 18,5%, o terceiro maior do pais, perdendo apenas para o Ceará e a Paraíba. As informações são do Anuário de Segurança Pública, divulgado no domingo (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Entre os crimes classificados nessa categoria estão os homicídios dolosos, latrocínios — roubos com morte — e mortes decorrentes de ações policiais. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o principal motivo desse crescimento é a disputa pelo controle do tráfico de drogas entre gangues.

"A pandemia contribuiu para que guerras fossem deflagradas por melhores pontos de venda de entorpecentes. Aquele indivíduo que vendia a sua droga lá no fundo do bairro foi tomar pontos mais rentáveis e aí deflagrou uma guerra, onde há esse aumento considerável no mês de março. Continuamos vivendo essa guerra de uma criminalidade juvenil, ligada diretamente ao tráfico de entorpecentes, que só enxerga como punição ao grupo rival o fator morte", ressaltou o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho.

De acordo com o secretário, até então a tendência era de queda no número de mortes violentas intencionais no Espírito Santo. "Houve um crescimento da criminalidade, da própria pobreza, desemprego. Todas essas questões agora terão que ser depuradas, encaradas pelo poder público, nas três esferas de governo, para que isso não recaia somente sobre os policiais, na tentativa de reverter esses números", destacou Ramalho.

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Também chamam a atenção os dados do anuário relacionados à violência contra a mulher. Neste ano, foram registrados 1.121 casos de lesão corporal dolosa no Espírito Santo, 24 a mais do que no primeiro semestre de 2019. 

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Já o número de denúncias sofreu queda de 4%. Isso porque, segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública, as vítimas passaram a ficar mais tempo com os agressores durante a pandemia. É o que também afirma o governo do Estado.

"É importante que todos nós, ao percebermos qualquer tipo de agressão contra a mulher, que nós denunciemos, e o 181 é um canal seguro que acolhe essas denúncias, recepciona e trata muito bem, com a prisão do criminoso", frisou Alexandre Ramalho.

O levantamento apontou ainda que houve queda no número de feminicídios no Espírito Santo, baixando de 15 para 12 casos, entre o ano passado e este ano. Já o número de crimes contra o patrimônio apresentou uma redução ainda maior no primeiro semestre do ano: 44%. Essa queda teria sido consequência das medidas de distanciamento social.

Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV

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