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Perda de vacinas: criança desligou energia de posto de saúde em Rio Bananal, diz Polícia Civil

A informação foi confirmada pelo delegado Fabrício Lucindo, responsável pelas investigações. O caso será encaminhado ao Conselho Tutelar

Folha Vitória|

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O caso do desligamento da energia de um posto de vacinação em Rio Bananal, no norte do estado, foi encerrado pela Polícia Civil. As investigações apontaram que uma criança, de apenas 9 anos, desligou o relógio do local onde estavam armazenadas diversas vacinas e exames, inclusive 133 doses da Coronavac, que podem ter sido perdidas.

De acordo com o delegado Fabrício Lucindo, responsável pelas investigações, tudo foi causado pela curiosidade do menino. "O caso foi encerrado, pois trata-se de uma criança de 9 anos, que desligou o relógio. Ele subiu em um banco de concreto e ficou curioso com uma lampadazinha que estava piscando no relógio. Daí ele colocou a mão e desligou", afirmou.

O desligamento teria ocorrido na terça-feira (16), dois dias antes do fato ser percebido por funcionários do prédio. Agora, o caso será encaminhado para o Conselho Tutelar do município. "Como envolve uma criança, a Polícia Civil sai do caso e ele é passado para o Conselho Tutelar do município, que vai abordar a família e ver qual a melhor forma de resolver", informou o delegado.

A escrita 'coronavírus' no poste onde está instalado o relógio, foi o que levou à suspeita de que tratava-se de um ato de vandalismo. Segundo o delegado, a escrita foi feita pela irmã do garoto que desligou o relógio, de 12 anos. No entanto, isso ocorreu há cerca de duas semanas.

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A identificação foi possível após a análise de imagens de câmeras de videomonitoramento da região. No entanto, os vídeos não serão divulgados. "As imagens não serão divulgadas, por se tratar de uma criança. Precisamos preservar a identidade dela e da família", esclareceu o delegado.

Entenda o caso

O prédio onde acontece a vacinação no município de Rio Bananal, no norte do Espírito Santo, ficou sem energia elétrica durante os dias de ponto facultativo e o fato resultou em um problema: a perda de diversos tipos de vacinas, inclusive 133 doses da Coronavac, imunizante contra a covid-19, que estavam armazenadas para aplicação da segunda dose nos trabalhadores da saúde, que ocorreria a partir de quinta-feira (18). 

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De acordo com a coordenadora de imunização do município, Márcia Venturim, a falta de energia elétrica foi constatada na manhã desta quinta, quando uma equipe fazia a limpeza do local. "Me ligaram às 5h30 dizendo que a geladeira estava apitando e o prédio estava todo sem energia. Eu vim para cá e constatei que a nossa geladeira, que está cheia de vacinas, não só de covid, mas todas as vacinas do município, estava em 23 graus. Totalmente estragado", explicou.

Por meio de uma transmissão nas redes sociais, Márcia ainda relatou que, além dos imunizantes, também foram perdidas todas as medicação controladas, que ficam em outro andar do prédio, além das coletas de sangue e os testes de covid-19, realizados no final da última semana. Eles seriam encaminhados ao Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen).

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"Essa vacina tem que ser aplicada o mais rápido possível e, a partir de amanhã (sexta-feira), já será aplicada a segunda dose nos trabalhadores da saúde. Eles não serão prejudicados", afirmou a coordenadora.

Não ficou confirmado se, de fato, houve um ato de vandalismo no local. Segundo Marcia, as autoridades já foram acionadas para que haja uma investigação. "Fui na Policia Militar para registrar o boletim de ocorrência e estou aguardando a Polícia Civil para fazer uma investigação e descobrir se foi, realmente, um ato de vandalismo", disse.

A prefeitura ainda informou que a Secretaria de Estado da Saúde já foi comunicada do ocorrido. Além das vacinas, um total de 53 kits para teste de detecção da covid-19 também foram perdidos e serão devolvidos ao Lacen.

Sesa

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da coordenação do Programa Estadual de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis informou que o município é orientado a proceder a separação das doses e as manter em temperaturas adequadas (entre +2 a +8ºC). O município deve preencher um formulário sobre o episódio que será remetido ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) para avaliação.

Os parâmetros de estabilidade da vacina serão avaliados pelo INCQS sobre o uso ou não dos imunobiológicos. Enquanto estão sob análise do INCQS, a Sesa possui reserva técnica para suprir o município.

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