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Policial infectado pela covid-19 se recupera após perder sobrinha, mãe e irmã para a doença em intervalo de quatro dias

O militar ficou 14 dias internado e nem pôde se despedir dos parentes que faleceram por complicações do coronavírus

Folha Vitória|

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O Espírito Santo já registrou 2.646 mortes por coronavírus. Entre tantas vidas que se foram, estão três pessoas de uma mesma família. A mãe, a irmã e a sobrinha do policial militar Jeferson da Silva Pontes acabaram perdendo a luta contra a covid-19. Em meio ao luto, o militar também travava uma batalha contra doença, pois foi infectado pelo novo vírus.

Jeferson, de 47 anos perdeu os parentes num intervalo de tempo muito curto. Em quatro dias, no final de julho, os três entes queridos faleceram. Ele também chegou a ser hospitalizado por conta da covid. O diagnóstico dele foi confirmado no dia 13 de julho e precisou ser internado no dia 17. Dois dias depois ele foi transferido para um hospital de Vila Velha e conseguiu se recuperar, tendo alta na última segunda-feira (03).

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Um dia antes de ser internado, Jeferson contou que a filha foi com a avó, a tia e a mãe para o Hospital da Polícia Militar (HPM). Todos estavam se sentindo mal e com os sintomas do coronavírus. 

A irmã já tinha passado pelo posto de saúde do bairro Maria Ortiz duas vezes, mas segundo a família, o diagnóstico foi de febre reumática e infecção urinária e por isso ela retornou para casa. 

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Com o pulmão comprometido em 75%, Ana, a mãe de Jeferson também ficou alguns dias no hospital e acabou morrendo no dia 28 de julho, aos 92 anos. No dia seguinte, a sobrinha do policial, que estava internada desde o dia 13 de julho, no Pronto Atendimento da Praia do Suá, em Vitória, foi transferida, entubada e levada para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. Ela tinha 51 anos e faleceu no dia 29.

Um dia depois, mais um golpe na família. A irmã de Jeferson, que teve de ser hospitalizada no dia 19, acabou não resistindo e morreu no dia 31. Três mortes consecutivas, que abalaram o policial e ele nem pode se despedir das parentes, pois também estava lutando pela vida.

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Segundo a família, a mãe de Jeferson e a sobrinha tinham comorbidades, mas a irmã dele não possuía nenhuma doença pré-existente.

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Agora, ficam as lembranças dos entes queridos que partiram. Segundo Jhulie Anne, filha de Jeferson, a avó era um ser humano incrível. Ela conta que a matriarca era o porto seguro de todos e que foi guerreira até o último dia de vida.

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Além disso, ela disse que a tia também era uma ótima pessoa e estava sempre disposta a cuidar dos sobrinhos como se fossem filhos e zelava pela mãe com muito carinho.

Jhulie Anne também contou que a prima uma pessoa muito boa. Não brigava com ninguém e estava sempre sorrindo. Era ela quem sempre organizava as festas da família. Mesmo debilitada por conta da covid-19, Jhulie contou que a prima estava sempre com sorriso no rosto.

O policial militar ainda tenta se recuperar do baque sofrido, se organizar e continuar seguindo com a rotina. "Em todo momento eu acreditei que nós iríamos suportar isso com fé e determinação para vencer", disse Jeferson. 

* Com informações do repórter Fábio Gabriel e Matheus Brum, da TV Vitória / Record TV

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