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Folha VitóriaQuem foi ao supermercado nas últimas semanas percebeu que os preços dos alimentos estão pesando no bolso. O valor dos produtos alimentícios foi o que mais contribuiu para a alta de 0,24% na inflação oficial do país em agosto, segundo o IBGE. E nos últimos 12 meses, a inflação dos alimentos chegou a subir 8,83%.
Itens da cesta básica, como o arroz e o óleo, foram os produtos que tiveram maior valorização. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alta no arroz, por exemplo, foi puxada pela queda na entressafra, alta do dólar e a diminuição dos espaços para a produção do produto.
Para especialistas, o aumento das vendas para o exterior também foi apontado como um dos fatores para o expressivo aumento recente de preços dos itens da cesta básica.
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LIMITAÇÃO DE UNIDADES
Assim como em outras regiões do País, em alguns estabelecimentos da Grande Vitória, a quantidade de arroz e outros produtos da cesta básica estão sendo limitada por cliente.
Nos mercados, cartazes mostram a quantidade de sacos que podem ser levados pelos consumidores. Algumas redes explicam que a limitação acontece por conta da alta procura pelos produtos. No início da semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, garantiu que o governo fará o preço do arroz baixar e que o produto não vai faltar nas prateleiras dos supermercados.
Foto: Reprodução/ WhatsApp TV VitóriaFolha Vitória
Folha VitóriaMas como saber se os preços cobrados nos supermercados estão mesmo acompanhando uma tendência do mercado ou se os valores estão abusivos?
Sobre o aumento de alguns produtos, o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, destaca que o que ocorre nada mais é do que a lei da oferta e da procura: na falta do produto no mercado interno, o preço sobe.
"O mercado internacional procura. Nós temos uma diferença de câmbio expressiva e o que vai acontecer é que o nosso produtor vai vender seus produtos em dólar, em vez de vender em reais. O supermercadista é apenas um repassador de preço. Ele não faz o preço. Quem faz o preço é o mercado", frisou.
FISCALIZAÇÃO
De olho nos estabelecimentos comerciais, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), notificou distribuidores e associação capixaba de supermercados para que oriente seus associados a não elevar os preços sem uma justa causa.
Além disso, desde o início da pandemia, o órgão tem realizado fiscalizações em mais de 100 estabelecimentos em todo o Estado.
O diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, informou que a especulação de alguns comerciantes que aumentam injustificadamente o preço dos produtos é prática condenada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e pode configurar abuso de direito e ato ilícito, conforme previsto no artigo 187 do Código Civil.
“A definição de preços depende de cada estabelecimento. Entretanto, o CDC proíbe o fornecedor de elevar os preços de produtos e serviços sem que haja um justo motivo, como o aumento dos custos, que seja capaz de refletir no preço final”, ressaltou Athayde.
DENÚNCIAS
O diretor-presidente do Procon-ES pediu ainda que os consumidores sejam parceiros nesse trabalho de fiscalização, denunciando aumentos repentinos e elevados, para que os órgãos de defesa do consumidor possam apurar.
As denúncias podem ser feitas pelos telefones 151 e (27) 3332-2011, por meio do App Procon-ES (Android) ou do Fale Conosco, disponível no site www.procon.es.gov.br (iPhone).
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* Com informações da TV Vitória / Record TV