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Saiba como cuidar de um animal silvestre de forma legal na sua casa

Ação é legalizada e visa auxiliar animais silvestres e exóticos que não conseguiram se reintegrar na natureza

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

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O título ‘Guardião de Fauna’ refere-se a uma das opções legalizadas para se ter um animal silvestre ou exótico em casa. Para os interessados em cuidar de espécies como papagaios, cobras, tartarugas ou lagartos, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) disponibiliza um cadastro online.

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A categoria de guardião pertence a uma pessoa física que tem autorização para cuidar de um animal que não tem condições de ser reabilitado e voltar à vida livre, ou que não ocorre no País e a repatriação é difícil. 

"Ser um guardião de fauna é um papel muito importante e que exige responsabilidade. O guardião não é dono do animal, apenas tem a guarda, como diz o nome, mas tem o dever de cuidar do animal. Além disso, o cidadão que quer ser guardião tem que ter condições específicas para o animal, como local e oferta de alimentação adequados para cada espécie”, explicou a servidora da Coordenação de Fauna (CFAU) do Iema, Maria Beatriz Resende.


Como se tornar um Guardião da Fauna?

Para ser um guardião de fauna, os interessados devem enviar um e-mail para guardiao@iema.es.gov.br, informando o interesse e a espécie desejada. Assim que um animal é disponibilizado, a equipe da CFAU entra em contato, solicitando a documentação e as informações sobre o recinto onde o animal será mantido. 

Logo após a análise e estando a documentação correta, uma autorização é concedida e o animal é retirado pelo guardião.


Sobre os animais

Os animais que serão encaminhados para os guardiões foram anteriormente recebidos no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Iema, após alguma operação de resgate, entrega voluntária ou apreensão. 

Os bichos são então avaliados e reabilitados, caso seja necessário. No caso dos animais silvestres, a prioridade é soltá-los de volta na natureza. Caso não tenham condições de sobrevivência, seja por sequelas, mansidão ou mutilação, os animais serão enviados para mantenedouros, zoológicos e formação de plantel de criadores científicos, conservacionistas ou comerciais.


No entanto, em alguns casos, outras categorias de cativeiro não têm estrutura ou não apresentam interesse em receber o animal. Há também o caso de animais exóticos que não podem ser soltos na natureza, pois podem causar desequilíbrio ambiental. Por isso, os guardiões da fauna são necessários.

Legalizado

O “Guardião de Fauna” é regularizado pela Instrução Normativa (IN) nº 12-N, publicada em 17 de setembro de 2020. Nela é disposto sobre a guarda de animais silvestres e exóticos no Estado do Espírito Santo. 

Desde a publicação da IN, cerca de 60 animais foram encaminhados para guardiões. Espécies de aves, como papagaios, passarinhos e corujas, compõem a maioria dos bichos entregues. No entanto, cobras, lagartos e tartarugas, também estão inclusos nos registros.

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