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Saúde informa que não há indícios de parasita desconhecido no ES

Parasita desconhecido semelhante a leishmaniose causa duas mortes em Sergipe

Folha Vitória|

Foto: Divulgação / Pexel

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Inseto transmissor da leishmaniose. 

Pela primeira vez, em 2011, uma doença semelhante a leishmaniose foi identificada, recentemente, causou duas mortes em Sergipe. Apesar de ainda ser desconhecida, sabe-se que trata-se de um parasita que causa uma doença grave e resistente aos tratamentos. Diante dos casos registrados no País, a Secretária de Estado da Saúde do Espírito Santo foi consultada para informar a respeito da possível existência do parasita na região.

De acordo com a gerência da Vigilância Estadual Epidemiológica, até o momento, não foi encontrado indícios de casos ou óbitos nos últimos anos no Espírito Santo atribuídos à leishmaniose que podem ser decorrentes dessa nova ameaça.

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Mas, já foram confirmados 150 casos e duas mortes em Aracaju, no Sergipe. "Estamos investigando para saber de onde veio esse parasita. Se sempre conviveu conosco e era equivocadamente diagnosticado como leishmaniose. Temos observado que, com o aquecimento global, há cada vez mais doenças infecciosas emergentes, principalmente nas regiões tropicais, sobretudo as transmitidas por insetos que gostam de clima quente", conta Sandra Regina Costa Maruyama, especialista é professora da UFSCar, que liderou a pesquisa e descoberta do novo parasita. 

O parasita é comparado à leishmaniose devido os sintomas que causa nas pessoas, que são semelhantes, como febre, dor no corpo, cansaço, inchaço no baço e no fígado e diminuição dos glóbulos brancos. Os pacientes contaminados por essa "nova doença" são resistentes ao tratamento realizado à base de drogas consideradas antifúngicas, apresentando recaídas.

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Leishmaniose

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 mil e 90 mil pessoas adoecem todos os anos com leishmaniose visceral. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Também conhecida como calazar, ela é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto infectado, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui. A transmissão aos insetos ocorre quando fêmeas do mosquito picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

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Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. Eles se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo). No ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pelos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores e desnutrição, entre outros.

Nos humanos, os sintomas da doença são febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia. Se não tratada, pode ser fatal.

Em 2017, segundo o Ministério da Saúde, 4.103 casos de Leishamiose visceral foram notificados no Brasil, sendo que 1.824 deles registrados na Região Nordeste. Em média, cerca de 3,5 mil casos são registrados anualmente. Nos últimos anos, a letalidade vem aumentando gradativamente. Em 2017, 327 pessoas morreram no Brasil por causa dessa doença.

* Com informações da Agência Brasil 

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