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Secretário acredita que novas cepas do coronavírus já estejam circulando no Espírito Santo

Para Nésio Fernandes, o fato de não haver restrição na circulação de pessoas de um estado para outro, no Brasil, favorece essa possibilidade. No entanto, até o momento, não houve a confirmação de novas variantes do vírus no estado

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O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, acredita que haja novas variações do coronavírus em circulação no território capixaba, apesar de nenhum exame ter comprovado, até o momento, a circulação de uma nova cepa do vírus no Espírito Santo. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, realizada na tarde desta segunda-feira (11).

Para Nésio Fernandes, o fato de não haver restrição na circulação de pessoas de um estado para outro, no Brasil, favorece a possibilidade de uma nova variante do vírus já estar circulando entre os capixabas. Em alguns estados brasileiros, como São Paulo e Bahia, já foram identificados pacientes contaminados com novas cepas.

"O Espírito Santo não é uma ilha. Nós temos uma circulação liberada em todo o país de pessoas, por via aérea, terrestre, as rotas rodoviárias interestaduais estão todas liberadas. Eu, particularmente, acredito que é possível sim que novas variações do vírus estejam presentes em solo capixaba e que sejam responsáveis pelo comportamento da segunda expansão da doença nos territórios que tiveram uma primeira onda muito bem caracterizada e definida", ressaltou.

Entretanto, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, que também participou da coletiva, frisou que ainda não há comprovação de que novas variáveis do coronavírus estejam em circulação no Espírito Santo. Ele explicou que algumas amostras coletadas no Espírito Santo são encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que, até o momento, não identificou nenhuma variação do vírus no estado.

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"Temos uma rede que coleta material sistematicamente — material de doença respiratória, no nariz, na garganta. Há muitos anos essa coleta é feita no Brasil inteiro e ela serve para a construção da vacina da gripe, que nós tomamos todos os anos. Agora, ela ajuda a construir e identificar qual é o vírus predominante, que circula em determinada população. Nós tínhamos dois pontos de coleta e agora temos 12 pontos. Esse material é encaminhado, periodicamente, para a nossa referência, que, nacionalmente, é a Fiocruz, que faz a análise e todos os exames próprios para a identificação de um vírus. Isso constrói uma base nacional para se compreender a predominância da circulação viral", explicou.

"Especificamente para o Espírito Santo, nós ainda não tivemos nenhuma identificação que a Fiocruz tivesse nos informado a respeito de alguma nova cepa que esteja circulando", completou Reblin.

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Retorno das aulas

Nésio Fernandes também afirmou que o Estado tem acompanhado todos os estudos científicos referentes às novas cepas descobertas do coronavírus e que vai basear a sua decisão a respeito do retorno das aulas nessas evidências científicas. Ele destacou que o assunto está sendo debatido, em conjunto, entre o governo do Estado, os municípios e especialistas da área.

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"O Estado do Espírito Santo, em nenhum momento, menosprezou a força de transmissão da doença, a proporção da pandemia em nosso Estado, e orientamos todas as nossas decisões pela ciência. Estamos considerando todos os estudos, todas as publicações que dizem respeito às novas cepas, e todas elas serão levadas em consideração em uma decisão final, que será avaliada e pactuada entre todos os entes que participam do grupo de trabalho", destacou.

"Em um momento oportuno, será atualizada a decisão do nosso Estado. Reconhecemos que as atividades escolares são essenciais e que, sempre que possível, sempre que elas não incrementem um risco de transmissão e possa se respeitar os protocolos de distanciamento, elas devem ser preservadas", completou o secretário.

Cuidado com as superfícies

Luiz Carlos Reblin também ressaltou a necessidade de se manter as medidas sanitárias para a prevenção do coronavírus — uso de máscara, higienização e distanciamento social — e destacou a importância do cuidado com as superfícies.

"Não vamos diminuir o cuidado com a transmissão do vírus em superfície. Novos estudos voltaram a discutir a permanência do vírus em superfície, como vidros, talheres, portas, maçanetas. Tudo bem, não é a via de transmissão preferencial, mas é um alerta. Se há um alerta de que temos ainda a possibilidade do risco de transmissão através da superfície, imagine através de máscara, de higienização das mãos, de manter distância. A preferência da transmissão é na fala, na gotícula. Então manter a máscara adequada, higienização das mãos e distância é a solução", destacou o subsecretário.

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