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Secretário de Saúde: "Não temos problemas de insumos. A questão é a disponibilidade da vacina"

Em entrevista ao ES no Ar, secretário de Saúde criticou o Governo Federal que não tem sido ágil nas negociações com as vacinas contra a covid-19

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O Espírito Santo está preparado para imunizar sua população contra a covid-19. Não há problemas com insumos, como seringas, ou dificuldade de organização de logística. O que falta é a vacina. Assim o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, resumiu a situação atual, em entrevista no programa ES no Ar, da TV Vitória/Record TV, na manhã desta terça-feira (05).

O secretário criticou o Governo Federal por, segundo ele, não demonstrar agilidade no processo de compra e distribuição das vacinas disponíveis e que já estão sendo utilizadas em campanhas nos Estados Unidos e Europa. "Estamos mobilizados para imunizar toda a população capixaba em 2021 e é inadmissível que ainda não se tenha um calendário nacional de vacinação que garanta que todo o povo brasileiro seja protegido ainda este ano contra a covid", ressaltou.

Fernandes justificou a estratégia do Estado em não depender unicamente em vacinas registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido à lentidão na esfera federal. "O Estado está amparado numa legislação que permite a compra de vacinas que estejam em uso e regulamentadas por outras agências internacionais. Entendemos que caso a União não adquira todas as vacinas disponíveis e que garanta uma agenda concreta de imunização de toda a população, poderemos fazer compras adicionais e complementares às doses do Ministério da Saúde para tentar antecipar etapas e alcançar uma quantidade maior de capixabas imunizados contra a covid-19", afirmou. 

Atualmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está em diálogo com a farmacêutica Pfizer e também com o Instituto Butantan, de São Paulo. Fernandes explicou que ainda não é possível estabelecer um prazo com a Pfizer pois a indústria farmacêutica trata, preferencialmente, com governos nacionais. Segundo ele, a empresa já informou que é necessário finalizar o processo de negociação com o governo brasileiro. 

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Quanto ao imunizante produzido pelo Butantan, o Espírito Santo estabeleceu um acordo para a aquisição de quase meio milhão de doses de vacinas. Porém, disputas políticas e diferenças ideológicas são capazes de atrasar o processo. "Nós entendemos que as vacinas produzidas pelo Butantan são vacinas do Brasil. Não são vacinas da China ou do Governo de São Paulo. São vacinas que deverão ser incorporadas ao plano nacional de imunização e aplicadas na população brasileira", argumentou. 

"Aqui no Espírito Santo, caso prospere a negociação com a Pfizer e outras vacinas disponíveis no mercado, nós queremos complementar o `Plano Nacional de Imunização antecipando etapas com a vacina adquirida pelo Estado", planejou. 

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Segundo o secretário, assim que o imunizante estiver disponível, o Estado terá toda a capacidade para vacinar toda a população ao longo de 2021. Ele citou que não há falta de insumos, como seringas e equipamentos, ou problemas de logística. Informou que há 1 milhão de seringas armazenadas e outras 6 milhões já foram licitadas. "Em outras ocasiões já vacinamos um milhão de pessoas por mês. Nós temos capacidade de mobilizar todo o sistema de saúde e os trabalhadores da saúde para garantir muitos pontos de vacinação. Não temos problemas logísticos, não temos problemas de insumos, a grande questão é a disponibilidade da vacina", reforçou.

Enquanto a vacina não for algo concreto, ele apela para que a população seja responsável e tenham empatia pelos outros, especialmente os mais idosos e com comorbidades. As cenas de aglomeração nas festas de fim de ano e nos balneários abriram o alerta. "Nós não podemos ter nenhum tipo de tolerância com comportamentos sociais que não respeitam a virulência da doença e a capacidade que ela tem de tirar vidas das pessoas queridas. Controlar a doença na população idosa, suscetível a uma evolução grave, exige um controle na população em geral. Precisamos fazer que as pessoas compreendam que não é o momento para nenhum tipo de aglomeração, festas, atividades sociais, para que a gente consiga vencer logo esta pandemia no Brasil e no mundo", finalizou.

*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV

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