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'Sempre foi uma pessoa do bem', diz irmão de vítima de triplo homicídio em Marechal Floriano

Joilson Haese, de 40 anos, foi um dos três moradores de rua assassinados na última terça-feira. Irmão dele esteve no DML de Vitória, onde liberou o corpo

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O corpo de um dos moradores de rua assassinados a tiros em Marechal Floriano, na Região Serrana do estado, já foi identificado e liberado pela família, no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Joilson Haese tinha 40 anos e foi morto junto com outros dois andarilhos — um outro homem e uma mulher, ainda não identificados.

Os corpos das três vítimas foi encontrado no início da noite de terça-feira (16), debaixo de uma ponte que passa sobre o Rio Jucu, na BR-262. Foram encontradas marcas de tiros nas cabeças das vítimas.

O padeiro Edson Haese, irmão de Joilson, foi quem esteve no DML de Vitória, nesta quarta-feira, para fazer a liberação do corpo. Ele contou à equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV que a família está abalada com o fato e que não tem ideia do que pode ter motivado alguém a matar o irmão.

"Fiquei sabendo pela minha mãe. Ela que me ligou e falou sobre a situação, que tinham matado meu irmão, assassinado a tiros. É uma notícia que abalou a gente. Ficamos muito tristes com a situação. Espero que a justiça seja feita", afirmou.

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Edson contou também que Joilson era trabalhador, mas que ultimamente vivia em situação de rua. "A gente não sabe de nada, o porquê [do crime]. Meu irmão nunca se envolveu em briga, confusão. Sempre foi uma pessoa do bem, trabalhava na roça, era lavrador. E decidiu levar essa vida de andarilho. Estava morando debaixo da ponte e aconteceu isso aí", lamentou.

Leia também: Casagrande classifica triplo homicídio como barbárie e diz que polícia está atrás de criminosos

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Colega afirma que vítimas eram tranquilas

Os três corpos foram encontrados por um outro morador de rua, que conhecia as vítimas. Ele contou que ficou aterrorizado ao ver os colegas mortos.

"Eles sempre passavam por ali. Aí hoje [terça] um rapaz chegou e falou que tinha acontecido um fato. Eu fui com a minha esposa para cá, para dar uma olhada. Olhei e fiquei aterrorizado. Falei com ela 'não toca em nada não! Vamos embora'. Não pode botar a mão", relatou o homem, que preferiu não se identificar.

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"Claro que fico com medo. Ver uma cena dessa aí, como a gente não fica com medo? A gente não sabe do coração do ser humano hoje em dia", completou.

Segundo ele, os três eram pessoas muito tranquilas e não causavam problema a ninguém. "Eles sempre estavam coletando uma lata, um negócio, uma latinha. Eram tranquilos".

Um perito da Polícia Civil disse à reportagem da TV Vitória que acredita que o crime tenha ocorrido durante a madrugada de terça ou durante a manhã. Ele disse ainda que as marcas de tiros estavam todas nas cabeças das vítimas.

Câmeras de videomonitoramento podem ajudar a identificar assassinos

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Polícia de Marechal Floriano iniciou as diligências assim que tomou conhecimento do fato e que as investigações continuam.

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A equipe coletou imagens de monitoramento e está levantando informações que possam auxiliar na elucidação do crime. 

Segundo a polícia, até o momento nenhum suspeito foi identificado e ainda não é possível passar mais detalhes da investigação.

A Polícia Civil destacou ainda que a população pode auxiliar com informações que ajudem a elucidar o crime, de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo site www.disquedenuncia181.es.gov.br. Todas as informações fornecidas são investigadas.

Vítimas já foram assistidas pela prefeitura

Já a Secretaria Municipal de Assistência Social de Marechal Floriano informou, também em nota, que as três vítimas já passaram por atendimento no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) do município. 

Segundo a secretaria, as demandas atendidas foram de passagens, alimentos, orientações, encaminhamentos para saúde e emissão de documentação civil. 

A prefeitura disse ainda que, por se tratar de um município de pequeno porte, não possui programas e políticas públicas de atendimento específicas para as pessoas em situação de rua. Por esse motivo, a administração municipal disse que as atende conforme as possibilidades.

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