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Tensão emocional e estresse por condições de trabalho podem causar Síndrome de Burnout

Também chamado de síndrome do esgotamento profissional, o distúrbio pode afetar quase todos os aspectos da vida de um indivíduo

Folha Vitória|

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Todo profissional se depara com problemas no trabalho de vez em quando. O perigo começa quando o estresse e a sobrecarga emocional no ambiente corporativo se tornam uma constante na rotina. A psicóloga Naira Delboni, explica que a atividade profissional desgastante pode desencadear a Síndrome de Burnout. 

“O Burnout é a resposta prolongada ao estresse. Suas principais características são o estado de tensão emocional e o estresse crônico provocados por condições de trabalho fisicamente, emocionalmente e psicologicamente desgastantes”.

O esgotamento profissional pode sinalizar sintomas tanto físicos quanto psicológicos que, muitas vezes, são confundidos com depressão. A psicóloga aponta que o Burnout e a depressão têm em comum a tristeza e o desânimo. “Os depressivos possuem maior submissão à letargia e à prevalência dos sentimentos de culpa e derrota, enquanto nas pessoas com Burnout, os sentimentos são de desapontamento e tristeza”.

Acúmulo do estresse, cobrança, frustração, atividades repetitivas, rotina sem perspectivas de mudança e sem incentivo positivo podem refletir nos profissionais, que acabam se esforçando muito com o trabalho e, várias vezes, se esquecem dos momentos de descontração e relaxamento. Naira explica que esses sentimentos somatizam, e diante das crescentes demandas não elaboradas, a estrutura psíquica do sujeito passa a não conter os seus sentimentos, que passam a gerar sintomas. “O sujeito passa a conviver com uma grande pressão de fora para dentro e de dentro para fora”.

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No caso das mulheres, vale a pena ressaltar que a maioria delas acaba sendo afetada em decorrência de uma jornada múltipla de trabalho: no emprego, nas tarefas de casa, nas responsabilidades de mãe, nos estudos, entre outras atividades.

Sintomas

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O sintoma típico da síndrome de Burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima, insônia, entre outros.

Como a síndrome afeta o físico e com o psicológico, acaba causando uma baixa na imunidade do indivíduo, tornando-o mais suscetível ao aparecimento de doenças oportunistas. “Existem meios de prevenir e de tratar. A prevenção se dá por meio de práticas simples e até mesmo prazerosas, que acabam não exigindo tanto. Prática de exercícios físicos, alimentação adequada, momentos de lazer, menos cobranças, reorganização da rotina”, orienta a especialista.

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A ideia é utilizar os dias de férias e folgas para de fato tentar se desligar e descansar. “Cultive relacionamentos saudáveis no trabalho, meditação, yoga, dança, passe mais tempo com a família, procure algo que te agrade, mude no seu tempo, mas busque cuidar de você”, reforça Naira.

Ao se deparar com um familiar a ou amigo que esteja demonstrando sintoma, converse e deixe que a pessoa se sinta acolhida. É importante sinalizar para o indivíduo que ele precisa buscar ajuda para entender o que está acontecendo. “Às vezes a pessoa tem resistência em ouvir e achar que pode dar conta sozinha. Ela até pode dar conta sozinha, mas às vezes passa por um caminho dolorido que pode ser suavizado com ajuda profissional”.

A síndrome deve compreender uma estratégia multidisciplinar composta por tratamentos farmacológico, psicoterapêutico e médico. É importante ressaltar a relevância de um diagnóstico realizado de maneira correta, para não confundir o Burnout e depressão, bastante comum nos estágios iniciais, pela similaridade de sintomas. A psicoterapia pode ajudar a encontrar soluções para as dificuldades. Paciente e terapeuta trabalham juntos em busca das melhores estratégias para lidar com a situação.

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