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Vacinas vencidas: Veja como funciona o processo para estabelecer os prazos

Especialista explica que o prazo de validade pode ser ampliado após testes de qualidade realizados pelo fabricante da vacina

Folha Vitória|

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Um assunto tomou as redes sociais e rodas de conversas dos capixabas nos últimos dias: a suposta aplicação de vacinas vencidas no Espírito Santo. A Secretaria Estadual de Saúde se manifestou negando a informação, mas ainda assim, muitas pessoas continuaram inseguras. 

Segundo a Sesa, todas as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde que chegam ao Espírito Santo passam por rigorosa conferência e são inseridas no sistema estadual de informação, que faz o monitoramento com relação à validade e distribuição aos municípios.

Mas afinal, como o prazo de validade de uma vacina é determinado? De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mayra Moura, são os testes de controle de qualidade realizados pelo fabricante que determinam as datas. Além disso, o prazo pode mudar conforme os estudos a respeito do imunizante vão avançando. 

“Um lote é produzido e o fabricante [coloca] uma validade, por exemplo, de seis meses. Mas aí, depois desse período, ele já tem mais informações que dizem que é possível expandir essa validade para um ano. E assim, muitas vezes, vai estendendo o prazo de validade de uma vacina nova ou de qualquer medicamento novo”, afirma Mayra.

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Ela explica que sempre que um novo lote é produzido, parte das vacinas ficam com o fabricante que continua a testá-las e, dessa forma, verifica se é possível estender o prazo de validade sem prejuízo da eficácia e segurança do imunizante.

Leia Também: O que dizem as prefeituras do ES sobre aplicação de vacinas vencidas

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Prazo de validade ampliado

A vacina contra a covid-19 produzida pela Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, teve o prazo de validade ampliado de três meses para quatro meses e meio no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a permissão para aumentar o prazo foi baseada em uma criteriosa avaliação dos dados de qualidade dos estudos que demonstraram que a vacina tende a se manter estável por um período maior, assim como considerou o FDA (Food and Drug Administration), agência norte-americana que regulamenta medicamentos.

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“Ou seja, a vacina continua segura e eficaz mesmo após aquela data de validade definida quando ela foi fabricada. Isso também é bastante comum, por exemplo, com insumos como seringa e agulha. Quando chega próximo ao prazo, uma reavaliação do produto é feita e verifica-se que é possível estender essa validade”, explica a especialista da SBIm.

Recebi uma vacina vencida, o que fazer?

A prefeitura de Nilópolis, no Rio de Janeiro, identificou 727 casos em que a vacina da AstraZeneca foi aplicada vencida. Em episódios como esse, a recomendação do Programa Nacional de Imunizações é de que uma nova dose do imunizante seja administrada após 28 dias da primeira aplicação que estava vencida.

De acordo com Mayra, quando uma vacina é administrada fora do prazo de validade não é possível garantir sua eficácia nem prever os possíveis eventos adversos que ela pode causar.

“Não sabemos se, por estar vencida, [a vacina fará com que] aquela pessoa tenha mais eventos adversos. Então, nesses casos, a orientação é revacinar, uma vez que nós não temos dados comprovando que aquela eficácia está mantida. Também é preciso acompanhar para verificar se não vai ter um evento adverso que não é esperado, por exemplo”, afirma a especialista.

*Com informações do Portal R7

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