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Estudo propõe tarifa de R$ 4,10 para ônibus em 2019

Gazeta Digital|

ônibus pantanal transporte 900
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Estudo propõe reajuste de 6,7% na tarifa do transporte coletivo em Cuiabá. A passagem, que hoje custa R$ 3,85, passará para R$ 4,10 a partir do próximo ano, caso seja aprovado. Segundo documento da Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá (Arsec), a necessidade de reajuste é elencada no próprio contrato de concessão das empresas de transporte coletivo de Cuiabá.

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No cálculo para o reajuste tarifário são ponderados fatores como o valor do combustível, custos com veículos, mão de obra, dentre outras despesas.

O valor deve ser votado pelo Conselho Participativo, formado por diversas instituições. “De acordo com parecer técnico da Arsec, os fatores de ponderação foram obtidos através de cálculo dos custos do sistema de transporte de Cuiabá, que foram somados em grupos dos principais insumos”, destaca estudo.

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Aproximadamente 250 mil passageiros são transportados por dia em Cuiabá. Ao todo, 350 ônibus circulam diariamente. O reajuste ocorre anualmente. O último foi aprovado no final de dezembro pelo Conselho Participativo saindo de R$ 3,60 para R$ 3,85. Quem utiliza diariamente o transporte coletivo na Capital reclama da qualidade e dos valores praticados pelas empresas concessionárias.

Sonilda Félix, 52, diz que todos os dias os passageiros enfrentam condições precárias de abrigos de ônibus, veículos quebrados e atrasos, dentre outros problemas. “É muito difícil você encontrar um ponto com cobertura. Quando chove a gente molha, quando está sol não temos como nos proteger. Fora os ônibus que sempre estão lotados”.

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A diarista Wanessa Cristina Assis, 34, avalia que propor aumento com a qualidade do transporte oferecido é desrespeito com o cidadão. “E o que acaba acontecendo todo o ano é isso. Eles aprovam as cegas estes aumentos e o povo tem que engolir. Agora você pensa, se eu gastar R$ 8,20 por dia. Num mês vou gastar mais de R$ 160 para ir trabalhar. Para quem ganha um salário mínimo, grande parte da renda fica para pagar passagem. Isso é realmente lamentável”, frisa.

Cálculo

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São considerados os preços do óleo diesel tipo S10 ou similar, a variação do custo de veículos tomando como referência o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a variação da soma do salário dos motoristas, já acrescentados os adicionais e benefícios previsto na convenção coletiva do trabalho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor para reajuste de outras despesas.

Qualidade

Presidente da Associação dos Usuários de Transportes Coletivos de Mato Grosso (Assut), Amado Soares afirma que a falta de qualidade no transporte coletivo é alvo de reclamações todos os dias. Para Amado, um reajuste é inaceitável e não condiz com o serviço prestado. Ele lamenta ainda o fato de que o Conselho Participativo, que vota a planilha de cálculo, não tenha em sua composição representantes dos usuários do transporte. “Entra ano, sai ano, é reajuste e não vemos este aumento sendo aplicado em melhorias para os passageiros. Os relatos são constantes de ônibus atrasados, veículos sem banco, e inúmeros outros problemas. Por isso lutamos por uma licitação para que uma empresa qualificada possa operar em Cuiabá e que o contrato seja realmente cumprido”, alega.

Atualmente operam no transporte coletivo de Cuiabá as empresas Expresso Norte Sul, Integração Transporte e Pantanal Transporte. O contrato de concessão faz parte de concorrência pública de 2002 e foi aditivado em dezembro de 2012 com prazo até junho do ano que vem.

Outro lado

Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) foi procurada para se manifestar sobre o assunto mas informou, por meio da assessoria, que a questão tarifária incumbe à Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá.

A Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU), que representa as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo de passageiros, também foi procurada mas não se manifestou sobre o reajuste

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