Manaus viveu colapso no sistema de saúde com falta de oxigênio
Vitorino Junior/Photo Press/Folhapress - 18.01.2021Uma ação dos Ministérios Públicos do Estado do Amazonas (MPAM), Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e de Contas (MPC), e das Defensorias da União (DPU) e do Estado (DPE), ajuizada na noite desta quinta-feira (21) na Justiça Federal, exige da Prefeitura de Manaus (AM) a prestação diária de informações a respeito dos vacinados contra a covid-19 na cidade.
Os órgãos apontam a falta do cumprimento do dever de transparência da gestão da capital amazonense na campanha de imunização contra o novo coronavírus. Segundo o documento, devido à insuficiência de doses da vacina, se faz necessária a seleção dos profissionais de saúde que receberão as primeiras doses.
Os signatários pedem a prestação de informações diárias a respeito das pessoas vacinadas diante, como escrevem no documento, “das diversas notícias da imunização de pessoas que não integram o grupo prioritário, em claro desvio ao previsto pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização”.
O pedido dos MPs e das Defensorias que assinam o ofício é de que a Justiça Federal obrigue a prefeitura manauara a informar, até as 22h, a relação das pessoas vacinadas até as 19hs do dia, com as seguintes informações: nome, CPF, local onde foi feita a vacinação, função exercida e local onde a exerce. A pena é de aplicação de multa diária e pessoal ao Prefeito Municipal, no valor de 100 mil reais.
Gêmeas da família Lins, recém-contratadas em UBS, postam foto após serem imunizadas
Reprodução/InstagramA denúncia de que duas médicas recém-formadas - filhas de um grande empresário local - e nomeadas para uma UBS de Manaus (AM) foram vacinadas contra a covid-19, chegando postarem as fotos nas redes sociais, gerou críticas sobre os critérios para a vacinação de profissionais de saúde que são expostos a maior risco ao novo coronavírus.
Após as notícias ganharem repercussão, a vacinação no município de Manaus foi suspensa para reformulação e o prefeito chegou a proibir profissionais de saúde de postarem fotos da imunização nas redes sociais.
O caso fez ainda com que o Ministério Público amazonense iniciasse uma investigação sobre possíveis casos de aplicação da vacina da covid-19 em pessoas fora dos grupos prioritários de vacinação, que estariam 'furando a fila' da imunização.