Uma operação em Mato Grosso do Sul prendeu um conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), um delegado e mais seis pessoas. Todos suspeitos de participação em um grupo de extermínio. Mais de 200 policiais participaram da operação.
Um dos alvos do Ministério Público foi preso em casa: o delegado de polícia, Márcio Obara, ex-titular da Delegacia de Homicídios de Campo Grande.
O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul também foi preso. Jerson Domingos chegou a delegacia dirigindo o próprio carro.
Na fronteira com o Paraguai, a polícia cercou a casa e uma fazenda do empresário Fahd Jamil, condenado por narcotráfico. Ele não foi localizado.
No total, oito pessoas foram presas. Investigações do ministério público apontam que todos os detidos fariam parte de uma organização criminosa: uma milícia que atuava como um grupo de extermínio em Mato Grosso do Sul.
Ainda segundo os promotores, os líderes da milícia são pai e filho: Jamil Name e Jamil Name Filho estão presos no presídio federal do Rio Grande do Norte.
A organização criminosa é acusada de crimes de extorsão e corrupção, e segundo as investigações, quem não se submetia as ordens corria risco de morrer.
Ao menos sete pessoas já teriam sido assassinadas pelo grupo, entre elas o filho de um policial militar. Anotações apreendidas pela polícia mostram os planos dos líderes de matar um delegado e um procurador de justiça.
A defesa de Jerson Domingos disse que a prisão é inadequada. Já a prisão do delegado de polícia, Márcio Obara está sendo acompanhada pelo setor jurídico da Polícia Civil do estado.