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Paraíba teve cerca de 380 novos casos de câncer de boca em 2020 e odontólogo alerta para sinais da doença

O câncer de boca atinge cerca de 15 mil brasileiros a cada ano. O problema pode se manifestar como uma lesão que não cicatriza e, em geral, o surgimento de dor ocorre já em estágios avançados. No mês de conscientização e combate à doença, o chamado Maio Vermelho, o cirurgião-dentista Paulo Bonan, do Hospital Universitário […]

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Câncer de boca
Câncer de boca Câncer de boca

O câncer de boca atinge cerca de 15 mil brasileiros a cada ano. O problema pode se manifestar como uma lesão que não cicatriza e, em geral, o surgimento de dor ocorre já em estágios avançados. No mês de conscientização e combate à doença, o chamado Maio Vermelho, o cirurgião-dentista Paulo Bonan, do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), aborda a importância de se conhecer mais sobre a doença e chama a atenção para a gravidade da patologia. 

Os principais indícios do surgimento do câncer de boca são feridas que não se cicatrizam com o tempo, sejam nódulos, úlceras (com borda elevada) ou verrugas que não param de crescer, placas brancas, manchas vermelhas, e até mesmo fendas ou buracos na cavidade oral.

“Na maioria dos casos as lesões não apresentam dor e, quando apresentam, estão em estágio avançado. A doença geralmente afeta homens de meia idade, sendo língua e assoalho da boca os locais mais atingidos. Recentemente temos visto o aumento na prevalência de casos em mulheres e em pacientes mais jovens, possivelmente relacionado com alterações genéticas, doenças virais e imunossupressão”, explica o especialista. 

Na Paraíba, em 2020, foram estimados 380 novos casos, sendo 240 em pessoas do sexo masculino. Para João Pessoa, a estimativa foi de 90 novos diagnósticos. De acordo com Paulo Bonan, a doença está entre o quarto ou quinto tipo de câncer mais comum em homens e as taxas de mortalidade são bastante elevadas. 

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O câncer de boca ainda é bastante letal devido ao diagnóstico tardio, o que leva a uma sobrevida média de cinco anos em 10% a 20% dos casos. No entanto, os casos iniciais apresentam sobrevida de 90%, ou seja, com a identificação da doença em estágio primário, são muito altas as chances de cura. 

Fumantes são grupo de risco

Segundo Paulo Bonan, a doença é multifatorial, entretanto está associada ao uso conjugado e crônico do tabaco e álcool. Deficiências nutricionais, imunossupressão, alterações genéticas e infecções virais também podem estar ligadas ao desenvolvimento das lesões. Em se tratando do câncer em lábio inferior, a radiação solar surge como um promotor fundamental.

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“Temos que orientar as pessoas para abandonar o tabagismo em todas as suas formas bem como interromper o uso inveterado de bebidas alcoólicas. Ter uma dieta adequada, rica em vegetais antioxidantes, e identificar lesões com potencial de malignização e lesões iniciais são aspectos importantes voltados para a prevenção”, explica o cirurgião-dentista.

Diagnóstico precoce é fundamental para cura

O diagnóstico é feito por um cirurgião-dentista por ser, em geral, o primeiro profissional procurado por pessoas com queixas de lesões na cavidade oral. A partir da avaliação, o especialista identifica a lesão, mesmo sem sintomas, e a depender do caso indica a realização de biópsia e exame microscópico. 

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Muitas vezes o paciente já apresenta metástases regionais no momento do diagnóstico, fator que mostra a gravidade da doença. Esse quadro, infelizmente não tem se alterado muito nos últimos anos. Temos trabalhado pela conscientização de profissionais quanto ao exame cauteloso da cavidade oral. 

Serviço

O ambulatório de Odontologia realiza o diagnóstico e o paciente é encaminhado para tratamento, a exemplo da cirurgia de cabeça e pescoço. Casos que necessitem de suporte radioterápico e quimioterápico são encaminhados para unidades de referência, como é o caso do Hospital Napoleão Laureano.

“O tratamento de escolha depende do estágio de avanço da doença, mas geralmente envolve cirurgia de remoção, radioterapia e em alguns casos, quimioterapia. Quanto mais avançada a lesão, mais complexo é o tratamento”, explicou Paulo Bonan. 

O cirurgião-dentista, que também é preceptor em residência vinculado ao Departamento de Clinica e Odontologia Social do Centro de Ciências da Saúde da UFPB, explicou que para facilitar o diagnóstico de câncer bucal foi criado um aplicativo móvel chamado “Teleinterconsulta em Estomatologia na Paraíba”. O objetivo é promover teleconsultas com profissionais de odontologia da rede pública do Estado. O aplicativo funciona na plataforma Android, podendo ser baixado diretamente na loja (Google Play). Quem for usuário da Apple (para IOS) pode acessar este link.

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