
Rebelião na maior prisão do Rio Grande do Norte teria começado por volta das 17h
Divulgação/Sejuc-RNApós 14 horas de rebelião, pelo menos 10 homens mortos e pavilhões destruídos, o motim na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na região metropolitana de Natal, chegou ao fim. O controle foi retomado após a entrada de homens dos batalhões especiais da Polícia Militar no início da manhã deste domingo (15). Não houve reação dos rebelados.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN), a tática montada ao longo da madrugada deste domingo pelos representantes da Cúpula de Segurança Estadual, com representantes do Poder Judiciário e Ministério Público, sob a coordenação do governador Robinson Faria, foi considerada positiva.
Com o controle dos pavilhões, os policiais passarão a contar os mortos, feridos e avaliar os prejuízos causados à estrutura física da penitenciária.
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No entorno da penitenciária, a movimentação de familiares é intensa e se tornou mais angustiante. A expectativa é de que os corpos das vítimas comecem a ser recolhidos ainda nesta manhã. Segundo relatos de policiais militares, agentes penitenciários e de imagens divulgadas em redes sociais pelos detentos que participaram da rebelião, há homens decapitados.
O governo do Estado confirmou, através da Sesed, que seria iniciado o processo de contagem dos corpos a partir das 8h (horário local). Acredita-se que a primeira parcial seja divulgada às 10h (horário local), durante uma coletiva de imprensa com representantes do governo do Rio Grande do Norte.
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Segundo a assessoria do governo estadual, trata-se de uma disputa entre as facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Sindicato do Crime RN, rival do grupo paulista e mais próximo da Família do Norte e do Comando Vermelho.
Em Alcaçuz, segundo fonte ouvida pelo jornal O Estado de S.Paulo, os pavilhões 1,2,3 e 4 são dominados pelo Sindicato do Crime RN e o 5 encontra-se com presos com algum tipo de ligação com o PCC.
De acordo com o comandante do Batalhão de Policiamento da Capital, coronel Osmar, foram deslocados para Alcaçuz equipes dos batalhões de Operações Especiais da Polícia Militar e de Choque, além de várias viaturas de apoio. Os policiais militares estão na área externa da penitenciária.
A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do Estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5.900 metros quadrados de área construída.
Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alacaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.
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