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Especialista orienta sobre prevenção de quedas em pessoas idosas

Escadas, tapetes em casa, pisos escorregadios, ambientes com baixa luminosidade, déficit visual e uso de medicações são fatores que podem levar o idoso a sofrer quedas. Em todo o mundo, as quedas são a principal causa externa de mortalidade e morbidade entre pessoas idosas. Estima-se que um em cada três indivíduos com mais de 65 […]

Portal Correio|

Foto: Pixabay

Escadas, tapetes em casa, pisos escorregadios, ambientes com baixa luminosidade, déficit visual e uso de medicações são fatores que podem levar o idoso a sofrer quedas. Em todo o mundo, as quedas são a principal causa externa de mortalidade e morbidade entre pessoas idosas. Estima-se que um em cada três indivíduos com mais de 65 anos sofra alguma queda.

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Para se ter ideia do problema, em setembro deste ano, apenas o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, atendeu quase 500 pessoas acima de 60 anos vítimas de quedas. Ao todo, foram 1.217 atendimentos no mês passado, referentes a 485 idosos, conforme dados do setor de estatística da instituição.

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“As quedas são muito prevalentes na população idosa. Conforme as estatísticas, um terço dos pacientes com mais de 60 anos sofre quedas. Alguns dos fatores que favorecem esse tipo de ocorrência: quanto mais idoso maior o risco; ele já ter sofrido um evento de queda prévia; e o fato de ser do sexo feminino, pois mulheres sofrem mais quedas”, afirma a médica Ana Laura Medeiros, geriatra do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

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Fatores ambientais também favorecem acidentes

Conforme a especialista, as quedas são a principal causa externa de mortalidade e morbidade entre pessoas idosas. Os fatores que favorecem esse tipo de acidente podem ser intrínsecos, quando se trata de algo inerente ao indivíduo, ou extrínsecos, que são os fatores ambientais.

Dentre os fatores intrínsecos que propiciam a ocorrência de quedas e idosos, destacam-se: déficit visual (decorrente de glaucoma ou catarata, por exemplo); alguns tipos de medicação, doenças relativas aos ossos e articulações, como osteoporose e osteoartrite; doenças neurológicas, como demência e doença de Parkinson; diminuição da força muscular; quedas bruscas da pressão arterial; e arritmia cardíaca.

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“Enfim, várias situações clínicas podem levar o idoso a sofrer uma queda. Fora essas situações inerentes ao envelhecimento do indivíduo, há também os fatores que a gente considera extrínsecos. Quanto mais independente o idoso, maior a participação dos fatores que têm relação com os riscos ambientais”, explica a geriatra Ana Laura Medeiros. Ela lembra que escadas, presença de degraus no ambiente onde o idoso convive, tapetes, pisos escorregadios, disposição inadequada de móveis, espaços mal iluminados e até calçados inadequados podem levar o idoso a sofrer queda.

Comportamento do idoso pode elevar riscos

“A família tem uma grande participação no controle dos riscos, mas o próprio idoso pode aumentar seu risco de cair, quando assume um comportamento de risco. Isso ocorre quando o idoso subestima suas limitações físicas, se expondo a situações de risco desnecessárias, como subir em banquinhos para alcançar objetos altos, subir em árvores ou muros sem apoio adequado… Nessas situações, pode haver dificuldade no controle da postura e o idoso sofre a queda”, cita a especialista do hospital-escola.

A geriatra Ana Laura Medeiros ainda enfatizou a importância de se procurar ajuda médica após a queda do idoso, porque muitas pessoas idosas sofrem lesões em órgãos internos que nem sempre são perceptíveis. “O atendimento e a correção precoce dessas lesões são fatores que mais contribuem pra plena recuperação do idoso. Aqui em João Pessoa, a referência é o Hospital de Trauma”, esclarece.

Como prevenir quedas

– Faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;

– Mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D;

– Tome banhos de sol diariamente;

– Participe de programas de atividade física que visem ao desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;

– Elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;

– Use sapatos com sola antiderrapante;

– Amarre o cadarço do seu calçado;

– Substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos;

– Use uma calçadeira ou sente-se para colocar seu sapato;

– Evite sapatos altos e com sola lisa;

– Evite ingestão excessiva de bebidas alcoólicas;

– Mantenha uma lista atualizada de todos os medicamentos que está tomando ou que costuma tomar, e as dê para os médicos com quem faz consulta;

– Informe-se com o seu médico sobre os efeitos colaterais dos remédios que você está tomando e de seu consumo em excesso;

– Certifique-se de que todos os medicamentos estejam claramente rotulados e guardados em um local adequado (que respeite as instruções de armazenamento);

– Tome os medicamentos nos horários corretos e da forma que foi receitada pelo médico, na maioria dos casos, acompanhados com um copo d’água;

– Nunca ande só de meias.

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