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Professor perdeu 31 alunos em incêndio em Santa Maria

Ao todo, 114 estudantes da UFSM morreram 

Cidades|Do R7, com Rede Record

O professor de agronomia da Universidade Federal de Santa Maria, Silvio Henrique Vidal, perdeu 31 alunos do curso no incêndio na boate Kiss. Além desses, outros 83 estudantes da universidade também morreram na tragédia.

A festa na boate foi organizada pelos alunos para arrecadação de dinheiro para a formatura. O professor de microbiologia Manuel Renato Badke, que perdeu oito estudantes, disse que assim que os docentes souberam do incêndio foram para o local porque sabiam que muitos alunos da UFSM estavam na casa noturna. Eles foram ainda na madrugada de domingo (27).

— Fomos direto para o ginásio porque sabíamos que muitos alunos estavam ali. Alguns não possuem família em Santa Maria e foram reconhecidos por nós, pela lista que tínhamos da universidade. Foi um processo muito doloroso e estamos reunindo forças para retomar a rotina na faculdade. Na sexta-feira (25) tivemos aula e lembro do rosto de cada um.

Incêndio

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O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, deixou 235 mortos e mais de cem feridos. O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.

Veja a cobertura completa da tragédia

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Maioria das vítimas era de estudantes. Veja o perfil

Na terça-feira (29), o delegado regional da Polícia Civil em Santa Maria, Marcelo Arigony, informou que localizou a loja onde foi comprado o sinalizador. De acordo com Arigony, o artefato foi vendido regularmente, porém um funcionário da loja informou que a banda Gurizada Fandangueira queria comprar o mais barato para uso externo, mesmo sabendo que o seu uso seria interno. Ainda segundo a polícia, os donos da boate também sabiam dessa informação e teriam sido coniventes.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. Cerca de mil pessoas ocupariam o local. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização para organizar um show pirotécnico no local. Além disto, o alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

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