Religiosos de Pernambuco protocolaram um ofício na sede do governo do estado contra o decreto que cobra exame negativo de Covid-19 ou imunização completa para cerimônias com mais de 300 pessoas, em vigor desde a última segunda-feira (27).
A decisão do governador Paulo Câmara (PSB) recebeu críticas de diversas denominações religiosas. A Unigrejas (União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos) classificou a medida como uma perseguição religiosa, uma vez que restringe o acesso dos fiéis aos cultos.
"Esse decreto do governador de Pernambuco, além de inconstitucional, é um ataque às igrejas, uma verdadeira perseguição religiosa. [...] As igrejas sempre colaboraram com o poder público no trabalho educacional das pessoas, como elas deveriam se prevenir da pandemia, motivacional, trabalho social, emocional, psicológico, espiritual que tanto as pessoas precisam", afirmou o presidente da Unigrejas, Bispo Eduardo Bravo.
Responsáveis por fazer a reclamação oficial contrária ao decreto, os pastores Alfredo Santana e Elenílson Brito, coordenador da Unigrejas em Pernambuco, disseram ter protocolado um "ofício de repúdio, de indignação, porque não é admissível tal decreto por parte do governo do estado". De acordo com o pastor Alfredo, trata-se de um decreto que "impede as pessoas de cultuarem".