A Polícia Científica realizou, na tarde desta quarta-feira (30), uma reconstituição do ocorrido no último domingo (30) na boate Kiss, em Santa Maria, onde um incêndio matou 235 pessoas até o momento. De acordo com o delegado Sandro Meinerz, que atua nas investigações, na hora do incêndio, havia uma única luz acesa na boate, que vinha do banheiro. Isso pode ter confundido o público e levado um número grande de jovens ao local pensando se tratar de uma saída de emergência.
Um dos frequentadores disse que levou de 40 segundos a um minuto para sair da boate e que, após esse período, a fumaça se espalhou e ninguém conseguiu enxergar mais nada. O fato de haver uma única luz vinda do banheiro pode explicar porque tantas pessoas acabaram morrendo nesse local.
Donos da boate Kiss devem ser soltos na sexta-feira
"Minha filha não morreu, ela foi assassinada", diz pai de vítima de tragédia em Santa Maria
Sobre as câmeras de segurança, os funcionários disseram que os equipamentos estavam estragados há alguns meses.
Em coletiva realizada no fim da tarde desta quarta-feira, o delegado concluiu que, com base em depoimentos de testemunhas, o fogo começou em cima do palco, fato que a perícia preliminar já tinha apontado. O fogo teria começado na parte central, do lado direito onde estava o vocalista da banda, que teria lançado o Sputnik.
A reconstituição revelou também que havia um extintor do lado direito do palco, que não funcionou.
Cinco pessoas participaram da reconstituição que durou cerca de duas horas. Funcionários e clientes que estavam na boate no dia do incêndio compareceram ao local.
Veja a cobertura completa da tragédia em Santa Maria
Eles sobreviveram: conheça as histórias de quem escapou da tragédia em Santa Maria