Se tornar um rei ou uma rainha, ao longo da história, era um privilégio para poucos, ligado, na grande maioria dos casos, ao simples fato da pessoa ter nascido na família e na hora certa. Estas pessoas eram destinadas a governar, e por isso tinham uma vida completamente diferente da maioria da população, especialmente quando o assunto era conforto e segurança.
Mesmo assim, muitos monarcas acabaram entrando para a história em virtude do seu comportamento nem um pouco ortodoxo para a época ou para a sua posição. Confira alguns deles:
Maria I (Portugal)
A rainha acabou se tornando mais conhecida nos livros de história pelo apelido, que ganhou quando ainda era vida: Rainha Louca. Supostamente ela tinha uma condição mental diagnosticada que acabou afastando ela do poder. Hoje se sabe que ela tinha um complexo quadro de depressão, que se agravou depois da morte do marido, do tio, da filhos, do genro, do filho mais velho e do seu amigo Frei Inácio. Mas a rainha era realmente tratada como louca, e acabou sendo humilhada e renegada ao longo da vida, inclusive tendo que utilizar camisa de força e se submeter a tratamentos como banhos de água gelada e choques elétricos.
Carlos VI (França)
O rei assumiu o reinado com apenas 11 anos de idade, mas começou a governar apenas quando tinha 21. Com o passar dos anos, começou a mostrar sinais de instabilidade emocional, em função de uma possível esquizofrenia. Em um dos episódios, matou quatro de seus próprios cavaleiros durante um acesso de raiva. Com o tempo, o quadro começou a se agravar, chegando ao ponto do monarca afirmar que não sabia mais o próprio nome e nem que era a sua esposa. Depois, passou a acreditar que era o próprio São Jorge, e constantemente era visto correndo nu pelo palácio.
Ivan, o Terrível (Czarado da Rússia)
O apelido realmente não foi por acaso. Ele era extremamente violento e agressivo, mas também era reconhecido pela sua inteligência. Em um dos episódios de violência mais marcantes, acabou matando o seu próprio filho e herdeiro, Ivan Ivanovich. A relação entre pai e filho foi marcada por desentendimentos, especialmente depois da assinatura de um tratado de paz pós Guerra da Livônia, o qual o filho Ivan não acreditava. Além disso, Ivan, o Terrível, também acabou se tonando conhecido por gostar de assistir cenas de tortura por vontade própria. Também foram registrados casos nos quais ele agrediu a mulher enquanto ela ainda estava grávida, o que acabou resultando em um aborto.