No último domingo (16), completaram-se 38 anos da morte de Elvis Presley. Tanto tempo depois, ainda permanece a dúvida: o astro morreu mesmo? Se sim, de que? Ele usava drogas? Atrás das respostas para estas perguntas, o Domingo Espetacular foi atrás do único brasileiro que pode responder estas questões
Atualmente empregado da Santa Casa de Juiz de Fora (MG), o médico Raul Lamim teve o privilégio de acompanhar de perto a necropsia do corpo do astro. À época, o brasileiro era residente do hospital de Memphis, para onde o cantor foi levado após ser encontrado caído no carpete do banheiro da mansão em que residia
Especialista em patologia, o médico Raul foi chamado para ajudar a descobrir a causa da morte do astro. Com a notícia da morte de Elvis se espalhando, jornalistas, fãs e policiais começaram a se acumular na porta do hospital. Tamanha responsabilidade, admitiu o brasileiro, acabou deixando-o nervoso
Em pouco mais de duas horas de exame, a equipe da qual participava Lamim chegou a duas conclusões: havia uma dilatação no intestino grosso e o fígado de Elvis estava maior que o normal. Trata-se de um indício de uso excessivo de medicamentos
Exames de sangue feitos no cantor apontaram níveis normais de substâncias como morfina e codeína, além de vestígios de remédio para ansiedade e para sedação. Só a metaqualona, antidepressivo usado na década de 70 para ajudar a dormir, estava além do aceitável
— Não existe nas papeletas médicas dele, e olha que era um calhamaço bastante grande, alguma menção a qualquer tipo de vício: nem fumo, nem álcool e muito menos drogas. As drogas que ele usava eram lícitas