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ANÁLISE-Independentemente de quem vença, investidores veem China, estímulos e "dinheiro verde" como vencedores da eleição dos EUA

MACRO-EUA-ELEICAO:ANÁLISE-Independentemente de quem vença, investidores veem China, estímulos e "dinheiro verde" como vencedores da eleição dos EUA

Economia|

Por Tommy Wilkes e Scott Murdoch e Tom Westbrook

LONDRES/HONG KONG/CINGAPURA (Reuters) - A acirrada e inconclusiva eleição norte-americana tem minado algumas operações de curto prazo que apostavam em uma vitória clara de Joe Biden, mas gestores de capital disseram que estão aderindo a apostas em estímulo abundante, uma recuperação chinesa e uma disparada de ativos associados à sustentabilidade, independentemente de quem ganhe.

A batalha do atual presidente, Donald Trump, contra Biden, seu adversário democrata, segue se desenrolando, com milhões de votos ainda a serem contados à medida que mais Estados divulgam seus resultados.

Do comércio à tributação relativas ao clima, os dois homens têm posicionamentos políticos muito diferentes. A promessa de Biden de associar a recuperação econômica dos Estados Unidos ao combate às mudanças climáticas se confronta com o desejo de Trump de remover obstáculos regulatórios à exploração de petróleo, gás e carvão.

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Embalados pela liderança de Biden nas pesquisas de opinião, alguns investidores se posicionaram para rendimentos mais altos dos Treasuries e um rali nas ações de energias renováveis. Algumas dessas apostas foram prejudicadas, com as ações de empresas solares dos EUA e parques eólicos europeus recuando, enquanto os Treasuries subiam.

As ações europeias apresentaram desempenho inicial inferior ao de seus pares.

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Os operadores também foram rápidos em se desfazer de ações automotivas , à medida que a sombra de mais protecionismo por parte de Trump ressurgia, após sua guerra comercial de anos contra a China.

"Esperamos muita volatilidade no mercado. No entanto, as condições básicas de investimento que vemos para os próximos 12 meses não serão revertidas por essa volatilidade", disse Rick Lacaille, diretor global de investimentos da State Street Global Advisors.

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O vasto estímulo fiscal e monetário desencadeado em resposta à pandemia de Covid-19 "ainda não penetrou totalmente no sistema", disse Lacaille, prevendo que isso continuará a determinar as condições de investimento no próximo ano.

De fato, os gestores de fundos não parecem ter pressa em sacudir as carteiras, especialmente porque um resultado claro ainda está potencialmente a dias de distância ou pode acabar nos tribunais.

Existem várias razões. Primeiro, independentemente de quem será o próximo presidente dos EUA, a crise econômica e de saúde global desencadeada pela Covid-19 vai dominar o cenário de investimentos.

Em segundo lugar, as ações asiáticas mantiveram seus ganhos, o que sugere confiança de que o crescimento econômico da região não será prejudicado por uma vitória de Trump ou um impasse político em Washington.

E talvez o mais importante, o dinheiro deve permanecer barato e abundante nos Estados Unidos e em outros lugares, sustentando as perspectivas de longo prazo para os mercados de ações.

A mudança para investimentos mais ambientalmente amigáveis está aqui para ficar também, avalia a maioria dos mercados.

"A sustentabilidade da economia global vai acontecer independentemente de quem estiver no comando; a energia verde é mais barata do que a energia de combustível fóssil", disse Rupert Watson, chefe de alocação de ativos da Mercer Investments.

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