O volume de depósitos na poupança superou o de retiradas pelo nono mês consecutivo em novembro. No período, a caderneta teve captação líquida de R$ 1,479 bilhão, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4), pelo BC (Banco Central).
Apesar de positivo, o saldo fruto de R$ 297.413.629 em aplicações e de R$ 295.933.700 em retiradas, interrompe a sequência de recordes da caderneta no período com as liberações do auxílio emergencial e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) em contas poupança digitais.
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O resultado mais tímido da caderneta desde fevereiro pode ser atribuído à redução dos valores, de R$ 600 para R$ 300, e do número de beneficiários do auxílio emergencial pago pelo governo para conter a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
O resultado do mês passado é 39% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando a captação líquida da poupança ficou em R$ 2,426 bilhões. Na comparação com o mês de outubro, que teve sado positivo de R$ 7,017 bilhões, o dado é 78,9% inferior.
No acumulado de 2020, a caderneta segue firme para fechar o ano com o melhor desempenho da história. Até novembro, o saldo da poupança é positivo em R$ 145,707 bilhões, com R$ 2,791 trilhões depositados e R$ 2,646 trilhões retirados da aplicação no período.
Atualmente, com taxa básica de juros, a Selic, fixada em 2% ao ano, as aplicações na poupança rendem 70% da taxa básica de juros, o que representa uma rentabilidade na casa de 1,4% ao ano. A inflação oficial no acumulado dos 12 meses finalizados em outubro, por sua vez, figura em 3,92%.
Apesar de oferecer uma rentabilidade inferior a outras aplicações de renda fixa e atualmente com a perda real do poder de compra, a busca dos investidores por mais segurança também têm impactado nos resultados da poupança durante a crise.